REDAÇÃO

"Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você!"


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Dissertar é:

I. Expor um assunto, esclarecendo as verdades que o envolvem, discutindo a problemática que nele reside;
II. Defender princípios, tomando decisões
III. Analisar objetivamente um assunto através da sequência lógica de ideias;
IV. Apresentar opiniões sobre um determinado assunto;
V. Apresentar opiniões positivas e negativas, provando suas opiniões, citando fatos, razões, justificativas.



Sendo a dissertação uma série concatenada de ideias, opiniões ou juízos, ela sempre será uma tomada de posição frente a um determinado assunto - queiramos ou não.



Procurando convencer o leitor de alguma coisa, explicar a ele o nosso ponto de vista a respeito de um assunto, ou simplesmente interpretar um ideia, estaremos sempre explanando as nossa opiniões, retratando os nosso conhecimentos, revelando a nossa intimidade. É por esse motivo que se pode, em menor ou maior grau, mediar a cultura (vivência, leitura, inteligência...) de uma pessoa através da dissertação.

Podemos contar um estória (narração) ou apontar características fundamentais de um ambiente (descrição) sem nos envolvermos diretamente. A dissertação ao contrário, revela quem somos, o que sentimos, o que pensamos. Nesse ponto, tenha-se o máximo de cuidado com o extremismo. Temos liberdade total de expor nossas opiniões numa dissertação e o examinador salvo raras exceções - sabe respeita-las. Tudo o que expusermos, todavia, principalmente no campo político e religioso, deve ser acompanhado de argumentações e provas fundamentais.

Para fazer uma boa dissertação, exige-se:

a) Conhecimentos do assunto (adquirido através da leitura, da observação de fatos, do diálogo, etc.);
b) Reflexões sobre o tema, procurando descobrir boas idéias e conclusões acertadas (antes de escrever é necessários pensar);
c) Planejamento:

1. Introdução: consiste na proposição do tema, da ideia principal, apresentada de modo a sugerir o desenvolvimento;
2. Desenvolvimento: consiste no desenvolvimento da matéria, isto é, discutir e avaliar as ideias em torno do assunto permitindo uma conclusão;
3. Conclusão: pode ser feita por uma síntese das ideias discutidas no desenvolvimento. É o resultado final.
d) Registrar idéias fundamentais numa sequência (ESQUEMA)
e) Acrescentar o que faltar, ou suprimir o que for supérfluo, desnecessário (RASCUNHO)
f) Desenvolvimento do plano com clareza e correção, mantendo sempre a fidelidade ao tema.

Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos.
(sobre Redação por Paulo Sergio Rodrigues)
2) Na dissertação, não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.

3) Uma redação “brilhante” mas que fuja totalmente ao tema proposto será anulada.

4) É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta.

5) A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja, deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.

6) Na narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos humanos.

7) O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.

8 ) O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que uma simples redação vista como um episódio circunstancial de escrita.

9) A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais.

10) Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.

Existem três tipos de redação dissertativo, narrativo e descritivo a primeira coisa a fazer em uma redação, é escolher o tipo de redação que você vai escrever.

Dissertativo


Caracteriza-se pela defesa de uma ideia, ponto de vista ou questionamento, o assunto que você escolheu na redação dissertativa você pode acrescentar as suas opiniões, para defender sua ideia sem abandonar o formato e de discurso persuasivo.


Narração


Caracteriza-se pela representação de fatos personagens fictícios ou reais que ocorrem numa linha de tempo.Fatos reais são mais normais em livros científicos, jornais, livros de Historias entre outros.Se a sua historia for com fatos fictícios você vai ter toda a liberdade para criar.


O narrador não pode ser colocado dentro dos acontecimentos e não pode sofrer ações ou intromissões dentro da redação.Os verbos nesse tipo de redação, é em primeira pessoa para personagens e terceira pessoa.


Descrição


Você terá que representar por meios de palavras características de um objeto uma ideia, um sentimento para que o leitor possa estar imaginando isso você pode dar ponto de vista na descrição também de duas formas objetiva e subjetiva.


Objetiva é guandu o você indica características de um objeto de maneira precisa.Subjetiva é guandu você trabalha, com a linguagem com palavras ricas de sentido e o emprego de construções, livres para que o leitor tenha mais que uma interpretação.

DISSERTAÇÃO Resultado de imagem para redação dissertativa

 Além da narração e da descrição há um terceiro tipo de redação ou de discurso:


Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor ; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem ARGUMENTADAS (argumentar= convencer, influenciar, persuadir).




A argumentação é o elemento mais importante de uma dissertação.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa ( de prestígio, famosa, especialista no assunto, alguém...), ou seja, de maneira IMPESSOAL, OBJETIVA e sem prolixidade ("encher linguiça"): que a dissertação seja elaborada com VERBOS E PRONOMES EM TERCEIRA PESSOA.
O texto impessoal soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta. Na dissertação, as ideias devem ser colocadas de maneira CLARA E COERENTE e organizadas de maneira LÓGICA:


a) o elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das CONJUNÇÕES (=conectivos) - coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira introduzir e defender; é por isso que as conjunções são chamadas de MARCADORES ARGUMENTATIVOS.


b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.

A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um CONCEITO ( e conceituar é GENERALIZAR, ou seja, é dizer o que um referente tem em comum em relação aos outros seres da sua espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s) que ele sugere, que deve ser seguido de um PONTO DE VISTA e de seu ARGUMENTO PRINCIPAL.


Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos:


1. Transforme o tema numa pergunta;
2. Responda a pergunta ( e obtém-se o PONTO DE VISTA);
3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o ARGUMENTO).


O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os ARGUMENTOS AUXILIARES e os FATOS-EXEMPLOS ( verdadeiros, reconhecidos publicamente).


A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" resumidamente ( se possível, numa frase) todas as ideias do texto para que o PONTO DE VISTA inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro. Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor:


1. Entenda bem o tema;
2. Reflita a respeito dele;
3. Passe para o papel as idéias que o tema lhe sugere;
4. Faça a organização textual ( o "esqueleto do texto"),
pois a quantidade de ideias sugeridas pelo tema é igual a quantidade de parágrafos que a dissertação terá no DESENVOLVIMENTO do texto.
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REDAÇÃO: diferença entre fato e opinião

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DISTINGUIR FATO DE OPINIÃO É FUNDAMENTAL NA HORA DE DESENVOLVER UM TEXTO DISSERTATIVO. A DISSERTAÇÃO É ASSIM CARACTERIZADA POR APRESENTAR A PREDOMINÂNCIA DA OPINIÃO. DEIXAR QUE O FATO PREVALEÇA NUM TEXTO QUE SE QUER OPINATIVO É COMETER UM SÉRIO EQUÍVOCO, POIS ISSO LEVARÁ À PRODUÇÃO DE OUTRA TIPOLOGIA TEXTUAL. NO CASO, UMA NARRAÇÃO, MOTIVO DE SOBRA PARA SE ELIMINAR O CANDIDATO. OU SEJA, TROCAR FATO POR OPINIÃO É TROCAR DISSERTAÇÃO POR NARRAÇÃO, PECADO CAPITAL NO VESTIBULAR. LEIA ATENTAMENTE OS EXEMPLOS ABAIXO E VEJA QUE NÃO É TÃO DIFÍCIL ASSIM FAZER ESSA DIFERENCIAÇÃO.

I)CONCEITUAÇÃO
FATO : ALGO CUJA EXISTÊNCIA INDEPENDE DE QUEM ESCREVE.

OPINIÃO: MANEIRA PESSOAL DE VER O FATO. A DEPREENSÃO DE CONCEITOS E VALORES A PARTIR DE ALGO PRÉ-EXISTENTE, QUE É O FATO

II)ALGUNS EXEMPLOS DE ‘FATO’ E ‘OPINIÃO’:

1)FATO:
A EDUCAÇÃO BRASILEIRA PATINA NO ATRASO E NA DEFASAGEM, EM RELAÇÃO À DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS.

OPINIÃO: 
EQUACIONAR A PROBLEMÁTICA DA EDUCAÇÃO NO PAÍS É INADIÁVEL.

2)FATO:
NOVAMENTE, A DISCUSSÃO ACERCA DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL OCUPA LUGAR DE DESTAQUE NO CONGRESSO.
OPINIÃO:
COMO EM TODO TEMA POLÊMICO, DISCUTIR A MAIORIDADE PENAL REQUER, PELA GAMA DE ASPECTOS ENVOLVIDOS, SENSATEZ E MUITA RESPONSABILIDADE DOS LEGISLADORES.

3)FATO:
VOLTA À PAUTA DE DISCUSSÕES DA CÂMARA A POSSIBILIDADE DE SE LIBERAR A MACONHA.
OPINIÃO:
A LIBERAÇÃO DA MACONHA, NO BRASIL, NÃO PODE SER LEVADA A CABO ANTES DE SE PROMOVER UM AMPLO, OBJETIVO E TRANSPARENTE DEBATE COM TODA A SOCIEDADE BRASILEIRA.

4)FATO:
O PROGRESSO CÉLERE E A QUALQUER CUSTO TEM LEVADO À EXAUSTÃO DOS RECURSOS NATURAIS DO PLANETA.
OPINIÃO:
O HOMEM MODERNO, SEMPRE ÁVIDO POR PROGRESSO, PRECISA, AGORA MAIS DO QUE NUNCA, REVER SUA POSTURA NO TOCANTE À MANEIRA COMO LIDA COM OS RECURSOS NATURAIS AINDA DISPONÍVEIS NO PLANETA, SOB PENA DE COLOCAR EM XEQUE O PRÓPRIO FUTURO DA HUMANIDADE.

5)FATO:
VIVE-SE UM MOMENTO DE UM CRESCENDO E IRREFREÁVEL CONSUMISMO.
OPINIÃO:
AS PESSOAS SÃO LEVADAS A ACREDITAR QUE SÓ PODERÃO SER PLENAMENTE FELIZES SE CONSUMIREM CADA VEZ MAIS. NÃO PERCEBEM QUE A FELICIDADE E A REALIZAÇÃO PESSOAL NADA TÊM A VER COM A POSSE MATERIAL E O TER MAIS E MAIS.

6)FATO:
O MEC APROVA UM LIVRO QUE DIZ QUE EM PORTUGUÊS NADA É ERRADO. O QUE EXISTE É O INADEQUADO.
OPINIÃO:
POIS, IRONICAMENTE, ESSE LIVRO SE CHAMA "POR UMA VIDA MELHOR". SE FOSSE APENAS UMA QUESTÃO LINGUÍSTICA, TUDO BEM. ACONTECE QUE O QUE ESTÁ EM JOGO É O CURRÍCULO DE QUASE MEIO MILHÃO DE ALUNOS. E É ABONADO PELO MEC. NA MODA DO POLITICAMENTE CORRETO, DEFENDE-SE O ENDOSSO AO ERRO E AO FALAR ERRADO PARA SE EVITAR O PRECONCEITO LINGUÍSTICO.


ARTIGO DE OPINIÃO
Artigo de opiniãoResultado de imagem para artigo de opiniãoResultado de imagem para artigo de opinião
Como você se sente convivendo em uma sociedade na qual tem a oportunidade de se posicionar diante de um determinado assunto e discuti-lo segundo suas observações, seus posicionamentos acerca da realidade que o cerca? Importante, não? Sim, pois essa atitude caracteriza você como sendo alguém que não cruza os braços diante de tudo que vê, diante de tudo que escuta, de tudo que assiste nos noticiários por aí.
E saiba, quando estiver prestando um concurso, um vestibular, sabe aquela provinha de redação? Pois bem, essa circunstância comunicativa de que estamos falando pode ser uma das opções, certo? Mas qual? O artigo de opinião, obviamente.
Ele, por sua vez, caracteriza-se como um gênero textual em que seus argumentos possuem condições de fazer com que o interlocutor acredite que você realmente tem razão no que diz.
Dessa forma, por pertencer a essa categoria (de caráter argumentativo), deve obedecer à linguagem padrão, ou seja, nada de coloquialismo, a menos que seja em favor do seu projeto de texto, como é o caso de se referir a uma determinada situação. No mais, procure evitar as marcas que você presencia por meio da oralidade, ok?
Nesse sentido, acreditamos que você tenha plena consciência de que uma modalidade de gênero, constituída de tal importância, não se mostra isenta de aspectos estruturais, os quais devem ser rigorosamente obedecidos, entre eles:
O artigo de opinião se caracteriza com um gênero textual de cunho argumentativo
O artigo de opinião se caracteriza com um gênero textual de cunho argumentativo
- Título;
- Parágrafo introdutório, no qual os elementos principais da ideia a ser retratada são evidenciados.
- Desenvolvimento, no qual são expostos os argumentos em defesa de um ponto de vista a ser defendido;
- Conclusão, na qual ocorre o fechamento de todas as ideias abordadas ao longo do discurso.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras


Artigo de opinião: texto jornalístico que caracteriza-se por expor claramente a opinião do seu autor. Também chamado de matéria assinada ou coluna (quando substitui uma seção fixa do jornal).

As CARACTERÍSTICAS do artigo de opinião são:
  • Contém um título polêmico ou provocador.
  • Expõe uma ideia ou ponto de vista sobre determinado assunto.
  • Apresenta três partes: exposição, interpretação e opinião.
  • Utiliza verbos predominantemente no presente.
  • Utiliza linguagem objetiva (3ª pessoa) ou subjetiva (1ª pessoa).

PROCEDIMENTOS ARGUMENTATIVOS DE UM ARTIGO DE OPINIÃO:

  • Relações de causa e consequência.
  • Comparações entre épocas e lugares.
  • Retrocesso por meio da narração de um fato.
  • Antecipação de uma possível crítica do leitor, construindo antecipadamente os contra-argumentos.
  • Estabelecimento de interlocução com o leitor.
  • Produção de afirmações radicais, de efeito.

  • EXEMPLO  DE  ARTIGO DE OPINIÃO:
 BALEIAS NÃO ME EMOCIONAM,  DE LYA LUFT.

           Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que freqüentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento. Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento. De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.
(Revista Veja, abril de 200
http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/881679/t1323.asp

A Internacionalização da Amazônia

A Amazônia é de todos?

O texto abaixo, falará sobre a internacionalização da Amazônia, que é um fato que vem sendo discutido a partir dos meados da década de 80, quando alguns políticos de países de primeiro mundo, discutindo sobre o pagamento da dívida externa do Brasil, pensaram no pagamento com reservas naturais, indústrias, etc. Foi mais fortemente discutida no final dos anos 90, inclusive pelo ex-presidente do EUA Geore W. Bush, que falou sobre a Internacionalização da Amazônia em alguns de seus discursos para presidência. Estamos passando por um caso que muitos acham incorreto, como brasileiros, mas outros têm uma opinião contrária, de que a Amazônia seja um patrimônio de todo mundo, que todos deveriam comandá-la.
Na medida em que a Amazônia ia sendo revelada ao Brasil através dos inúmeros inventários e levantamentos de seus recursos naturais, minerais e energéticos, a década de 80 e 90 assistia à entrada em operação de inúmeros projetos de impacto, no setor de mineração e eletricidade. O projeto Trombetas, pela Companhia Vale do Rio Doce, para exploração da bauxita; da Grande Carajás, para exploração do minério de ferro; da Albrás-Alunorte, em Vila do Conde, para produção de alumina e alumínio metálico; de Tucuruí, no rio Tocantins, para produção de cerca de 4 milhões de quilowatts; e o das hidrelétricas de Balbina, no rio Uatumã, e de Samuel, no rio Jamari.
Amazônia e cifrão
Esse panorama que contribuiu para a expansão demográfica e da fronteira agrícola, pecuária, mineral e industrial, deu origem, também, às tensões sociais, conflitos de terras, disputas de posse e invasões de áreas indígenas.
A situação engendrou também, pelo atraso de uma política nacional de preservação, o quadro atual caracterizado pela atuação de madeireiras predatórias, poluição fluvial, garimpeiros clandestinos, falsos missionários, contrabando das riquezas da biodiversidade florestal e pelo narcotráfico, favorecido pelos 1600 km de fronteira de uma linha imaginária, com insignificante presença civil ou militar - a fronteira aberta à guerrilha, ao narcotráfico, ao contrabando de armas e à biopirataria.
Esse último tema foi assunto da Conferência Ministerial de Defesa das Américas que se encerrou com uma declaração de apoio ao combate às drogas ilícitas e atividades criminosas transfronteiriças. Apesar de não ter sido incluído na pauta do encontro, o polêmico Plano Colômbia de combate ao narcotráfico, com o apoio dos Estados Unidos, foi discutido quando abordados questões de ameaças internacionais à segurança dos países participantes.
A segurança da Amazônia brasileira se encontra na pauta de prioridades do governo brasileiro. Com o agravamento da crise entre o governo e a internacionalização da guerra civil na Colômbia, associada ao narcotráfico, o Brasil intenciona investir até US$ 10 bilhões de dólares na modernização das Forças Armadas, buscando garantir a integridade da Amazônia.
Os efetivos militares no Rio de Janeiro são superiores a 44 mil homens; na continental região amazônica, que se espalha por dois terços do nosso território, apenas 22 mil. A proporção está invertida. De Manaus a Tabatinga são três horas e meia em vôo direto em Boeing. Sete estados do Sul e do Nordeste cabem no Amazonas.
Há alguns anos, uma rede eletrônica de mensagens compartilhadas por um grupo da Internet retratou-se, no meio virtual, por ter veiculado o que depois seria comprovado como boato completamente sem fundamento. O boato versava sobre a existência de mapas escolares norte americanos nos quais a Amazônia brasileira seria mostrada como "área de preservação internacional" e destacada do território brasileiro.
No entanto, o governo federal construiu uma possibilidade de internacionalização indireta, sob concessão de gerência ambiental de áreas do território nacional, quando promulgou a Lei 9.985. Por tal lei seriam constituídas Unidades de Conservação Ambiental, de Proteção Integral ou de Uso Sustentado - por decreto lei.
Nas Unidades de Uso Sustentável são fixadas categorias de dimensões continentais: são as chamadas "Áreas de Proteção Ambiental", que de acordo com a própria lei, em seu artigo 15, "área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas", com o objetivo de "proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais".
Mas a lei, em seu artigo 30, estabelecendo que "as Unidades de Conservação podem vir a ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua gestão", abre, segundo Dr. Luiz Augusto Germani, diretor-jurídico da Sociedade Rural Brasileira, uma condição inconstitucional que possibilita a materialização da até então fantasiosa internacionalização: a de que o poder público possa transferir a uma organização não-governamental, nacional ou internacional, funções exclusivas suas que são sustentáculos da própria soberania sobre tal área.

Histórico - O Planalto se Rende e Entrega a Amazônia?

BRASÍLIA – Feito jibóia em bezerro novo, a sanha privatizante começou sobre Furnas, prenunciando o que acontecerá ao que restou do sistema hidrelétrico nacional. Já se foram os monopólios do petróleo, do gás canalizado, das telecomunicações e da navegação de cabotagem, como se privatizou o subsolo, a telefonia, os satélites,a petroquímica, a siderurgia, o sistema financeiro. Tudo para abater a dívida externa, que se multiplicou, e para melhorar os serviços, que pioraram. Faltam a Petrobras, já retalhada em unidades estanques, deglutidas feito mingau quente, pelas bordas; o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, que segundo empresas estrangeiras de assessoria darão prejuízo a partir de 2003. Depois, será a vez da Amazônia. Depois? Cobiçam a região como mulher alheia.

Vale começar do começo:

"Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas".(Margaret Thatcher, Primeira-Ministra da Inglaterra, Londres, 1983.);
"Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós".(Al Gore, Vice-Presidente dos Estados Unidos, Washington, 1989.);
"O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia". (François Mitterrand, presidente da França, Paris, 1989.);
"O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais competentes".(Mikhail Gorbachev, chefe do governo soviético, Moscou,1992.);
"As nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum a todos no mundo. As campanhas ecológicas internacionais que visam à limitação das soberanias nacionais sobre a região amazônica estão deixando a fase propagandistica para dar início à fase operativa, que pode definitivamente ensejar intervenções militares diretas sobre a região". (John Major, Primeiro-Ministro da Inglaterra, Londres, 1992.);
"A liderança dos Estados Unidos exige que apoiemos a diplomacia com a ameaça da força". (Warren Cristopher, Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Washington, 1995.);
"Os países em desenvolvimento com imensas dívidas externas devem pagá-las em terras, em riquezas. Vendam suas florestas tropicais". (George W. Bush, candidato à presidência dos Estados Unidos, em debate com Al Gore, Washington, 2000).
"A Amazônia deve ser intocável, pois constitui-se no banco de reservas florestais da humanidade." (Congresso de ecologistas alemães, Berlim, 1990.);
"Só a internacionalização pode salvar a Amazônia". (Grupo dos Cem, cidade do México, 1989.);
"A Amazônia é patrimônio da humanidade. A posse desse imenso território pelo Brasil, Venezuela, Colombia, Peru e Equador é meramente circunstancial". (Conselho Mundial das Igrejas Cristãs, Genebra, 1992.);
Há comerciais institucionais transmitidos pela televisão do primeiro mundo, inclusive a CNN, onde a repórter Marina Mirabella mostra as maravilhas da fauna e da flora amazônicas para, em seguida, apresentar cenas de devastação, sujeira e imundície, e concluir: "São os brasileiros que estão fazendo isso! Até quando? A Amazônia pertence à humanidade e o Brasil não tem competência para preservá-la!" O pior é quando essas investidas partem de nós. As deputadas Vanessa Grazziotin e Socorro Gomes solicitaram do general-chefe da Secretaria de Segurança Institucional informações sobre o Programa Nacional de Florestas, obra do ironicamente amazônico Ministro do Meio Ambiente, Zequinha Sarney.
Para quê? Para transformá-las em propriedades privadas, "de modo a disponibilizar matéria-prima para as indústrias (as madeireiras internacionais) de forma permanente, contínua, regular e balanceada, em função das exigências do mercado". Mas não era para manter a Amazônia intocada?

Opiniões

Cristóvam Buarque

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um pais. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrarias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um pais.
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da divida. Comecemos usando essa divida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir a escola. internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.

George W. Bush – Ex-Presidente do EUA

"O que isso nos concede - nossa riqueza, nossa boa economia, nosso poder trazem com isso obrigações especiais para com o resto do mundo?!. Sim. Tome, por exemplo, a dívida do Terceiro Mundo. Eu penso que nós devemos perdoar esta dívida sob certas condições. Eu penso, por exemplo, se nós estamos certos que o país do Terceiro Mundo que adquire um grande endividamento se reformaria, que o dinheiro não pararia na mão de poucos, mas ajudaria pessoas, então eu acho que faz sentido para nós usar nossa riqueza desta forma".
"Ou você troca dívida por regiões valiosas de floresta tropical? Isso faz algum sentido. Sim, nós temos uma obrigação com o mundo, mas nós não podemos ser tudo para todos. Nós podemos apoiar unificações, mas nós não podemos pôr nossas tropas por todo o mundo. Nós podemos emprestar dinheiro, mas nós temos conseguido fazer isso sabiamente. Nós não deveríamos emprestar dinheiro para funcionários públicos corruptos. Então, nós conseguimos estar protegidos em nossa generosidade.."


Conclusão

Vimos, nesse trabalho que esse fato de que a Amazônia é de todos têm muitas opiniões, não sabemos que seria correto distribuir um patrimônio florestal internacional situado no Brasil. Ao início, falam de um salvamento da Amazônia e da economia brasileira. À outro lado, o caso de a Amazônia ser internacionalizada poderá ocorrer uma imensa destruição ambiental, pois muitos desses países procuram apenas a exploração da Amazônia, como os Portugueses fizeram com toda a riqueza ambiental brasileira na época da colonização.
Esse ainda é um fato a muito ser discutido, mas certamente, praticamente todos os brasileiros devem ter uma opinião negativa à esse caso.

http://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/a-internacionalizacao-da-amazonia



DEBATE QUE EU GOSTO!


Vale a pena o Brasil sediar a Copa de 2014?

Nosso país receberá os melhores jogadores do mundo para o que promete ser uma Copa do Mundo tão eletrizante quanto polêmica. O evento vai gerar empregos e obras de infraestrutura, mas também custará bilhões aos cofres públicos. Vai ser um golaço... ou bola fora?


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SIM
Estima-se que o governo irá investir mais de 20 bilhões de reais em infraestrutura para receber a Copa de 2014. Somando os recursos diretos ou indiretos da iniciativa privada, o total deve chegar a 183 bilhões de reais. O dinheiro será distribuído em áreas como transportes, segurança e cultura, para que habitantes e turistas convivam em cidades mais confortáveis e funcionais

O Brasil passará a ter 12 estádios modernos, equiparáveis aos melhores do mundo, com mais comodidade e segurança para os torcedores. Na Alemanha, após a Copa de 2006, a frequência média nos estádios subiu para 90% da lotação. E as arenas poderão atrair eventos como shows internacionais a estados como Mato Grosso, geralmente fora desse circuito

Pelo menos 600 mil estrangeiros devem visitar o país, número que pode ser ainda maior considerando as facilidades que nossos vizinhos sul-americanos têm para entrar aqui. Além disso, o fluxo de turismo nacional deve mover mais de 3 milhões de brasileiros. Quanto mais turistas, mais dinheiro entra para os cofres públicos na forma de impostos

A previsão é que mais de 700 mil postos de trabalho sejam gerados, cerca de 330 mil empregos permanentes. Já há programas de capacitação de profissionais para atuar em várias áreas, da construção civil à hotelaria. O aquecimento da economia deverá impactar nosso Produto Interno Bruto (PIB) até 2014. No ano da Copa, o evento deve gerar cerca de 2% das receitas nacionais

NÃO
Temos um histórico de obras superfaturadas. A Vila do Pan-Americano do Rio, por exemplo, foi superfaturada em 1,8 milhão de reais, segundo relatório de 2009. Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já foi acusado pelo Ministério Público de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. E ele também preside o Comitê Organizador da Copa de 2014

Ocupando a 73ª posição mundial no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e com quase 10% da população analfabeta, o Brasil poderia usar os 20 bilhões de reais a ser investidos na Copa para solucionar demandas mais urgentes, em áreas como educação e saúde pública. Com esse montante, seria possível, por exemplo, construir mais de 400 hospitais-escolas

Ainda há dúvidas sobre a capacidade do país de oferecer segurança aos turistas, aos atletas e à própria população. Os embates entre policiais e traficantes no Rio em novembro tiveram ampla repercussão negativa. Caso o país não seja capaz de garantir tempos de paz nas cidades-sedes, poderá queimar sua imagem no exterior e até perder o direito de realizar a Olimpíada de 2016

O enorme fluxo turístico poderá provocar um caos aéreo. Segundo a Infraero, das obras em 13 aeroportos considerados estratégicos para a Copa, seis não estarão concluídas até lá. Embora a estatal garanta que será possível atender à demanda, um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da USP, diz que voos atrasados ou cancelados poderão chegar a 43,9% em 2013

FONTES: Celso Unzelte, jornalista, pesquisador e apresentador do programa Loucos por Futebol (ESPN); Roberto Assaf, escritor e colunista do LANCE!; Ministério do Turismo; Ministério do Esporte; Comitê Organizador da Copa de 2014; Infraero; PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2010

Agora responda!

Apesar da torcida,brasileiros acham que a Copa vai trazer prejuízos ao país.

Albari Rosa / Gazeta do Povo / Maracanã lotado na final da Copa das Confederações. Brasileiros, porém, são críticos com a Copa

A Maioria dos brasileiros acham que país não deveria  ter sediado a Copa. E você? Qual a sua opinião?

Escreva um artigo  manifestando sua opinião a respeito desse assunto.

  

A Carta Argumentativa


Atualmente, alguns vestibulares optam por trazer como prova de redação a elaboração de uma carta argumentativa. Então o estudante deverá elaborar uma carta que tenha “tese” (o assunto propriamente dito), argumentação (o conjunto de ideias ou fatos que constituem os argumentos que levam ao convencimento ou à conclusão de algo) e conclusão.
Separamos algumas dicas para que entenda de uma vez por todas a estrutura básica de uma Carta Argumentativa e também um exemplo.
Estrutura básica de uma Carta Argumentativa:
  • Cabeçalho: na margem do parágrafo, colocam-se a cidade e a data;
  • Vocativo: também na margem do parágrafo, define-se o grau de formalidade entre locutor e interlocutor do texto. Há a saudação e o tratamento dispensados ao interlocutor (Prezado Senhor…, Caro Presidente…, Ilmo. Senhor… etc.). Usa-se a vírgula, normalmente.
  • Corpo do Texto: inicia-se na margem de parágrafo. Diferentemente do modo a que o aluno está acostumado, no corpo da carta dissertativa há o espaço da argumentação: não basta a estrutura, é preciso defender a tese, atender à proposta, selecionando os argumentos, sem esquecer que há uma situação de interlocução (nesse caso, há a necessidade do uso da 3ª pessoa sempre, seja no modo verbal – “imagine”, “veja”, “repare” – seja na invocação,  com os pronomes de tratamento – mantendo o respeito a quem se dirige). É preciso também que seja usada a 1ª pessoa. Lembre-se de que o número de linhas exigido pela banca deve ser respeitado no Corpo e não na estrutura toda.
  • Despedida: na margem de parágrafo, na linha abaixo da que termina o corpo da carta. Mantém-se o padrão de linguagem definido. O mais comum é usar a expressão “atenciosamente”, mas é possível escrever uma despedida criativa.
  • Assinatura: usa-se a margem de parágrafo, abaixo da despedida. O candidato não pode assinar o nome na redação do vestibular, mas há sempre uma indicação da banca sobre como fechar a carta. Há as opções de usar somente as iniciais do nome do aluno (M.N., por exemplo) ou usar a expressão “Um estudante”, “Uma estudante”. É importante prestar atenção ao que a proposta vai solicitar a você.
  • No que se refere à linguagem, esta poderá ou não ser totalmente objetiva, mas certamente deverá ser clara e coesa. 
  • Quanto à estrutura, ela compõe-se dos seguintes elementos:
  •  Local e data;

  •  Identificação do destinatário; 
     Vocativo – o nome da pessoa para a qual a carta é endereçada. Neste caso, o pronome de tratamento ocupa lugar de destaque, dependendo do grau de ocupação/função desempenhada.

    Corpo do texto – É a exposição do assunto em si, de forma a abordar todos os aspectos pertinentes de maneira clara, sucinta e precisa.

    Expressão de despedida – Tal procedimento pode variar em se tratado do grau de intimidade entre os interlocutores, podendo ser mais formal ou denotando certa informalidade.

     Assinatura do remetente.
Exemplo de carta argumentativa:
(Nome da cidade e data)
(O vocativo, ou seja, a pessoa a quem é endereçada a carta)
PREZADOS SENHORES,
Uns amigos me falaram que os senhores estão para destruir 45 mil pares de tênis falsificados com a marca Nike e que, para esse fim, uma máquina especial já teria até sido adquirida. A razão desta cartinha é um pedido. Um pedido muito urgente.
Antes de qualquer coisa, devo dizer aos senhores que nada tenho contra a destruição de tênis, ou de bonecas Barbie, ou de qualquer coisa que tenha sido pirateada. Afinal, a marca é dos senhores, e quem usa essa marca indevidamente sabe que está correndo um risco. Destruam, portanto. Com a máquina, sem a máquina, destruam. Destruir é um direito dos senhores.
Mas, por favor, reservem um par, um único par desses tênis que serão destruídos para este que vos escreve. Este pedido é motivado por duas razões: em primeiro lugar, sou um grande admirador da marca Nike, mesmo falsificada. Aliás, estive olhando os tênis pirateados e devo confessar que não vi grande diferença deles para os verdadeiros.
Em segundo lugar, e isto é o mais importante, sou pobre, pobre e ignorante. Quem está escrevendo esta carta para mim é um vizinho, homem bondoso. Ele vai inclusive colocá-la no correio, porque eu não tenho dinheiro para o selo. Nem dinheiro para selo, nem para qualquer outra coisa: sou pobre como um rato. Mas a pobreza não impede de sonhar, e eu sempre sonhei com um tênis Nike. Os senhores não têm ideia de como isso será importante para mim. Meus amigos, por exemplo, vão me olhar de outra maneira se eu aparecer de Nike. Eu direi, naturalmente, que foi presente (não quero que pensem que andei roubando), mas sei que a admiração deles não diminuirá: afinal, quem pode receber um Nike de presente pode receber muitas outras coisas. Verão que não sou o coitado que pareço.
Uma última ponderação: a mim não importa que o tênis seja falsificado, que ele leve a marca Nike sem ser Nike. Porque, vejam, tudo em minha vida é assim. Moro num barraco que não pode ser chamado de casa, mas, para todos os efeitos, chamo-o de casa.
Uso a camiseta de uma universidade americana, com dizeres em inglês, que não entendo, mas nunca estive nem sequer perto da universidade – é uma camiseta que encontrei no lixo. E assim por diante.
Mandem-me, por favor, um tênis. Pode ser tamanho grande, embora eu tenha pé pequeno. Não me desagradaria nada fingir que tenho pé grande. Dá à pessoa certa importância. E depois, quanto maior o tênis, mais visível ele é. E, como diz o meu vizinho aqui, visibilidade é tudo na vida.
Atenciosamente – (despedida formal)
(O nome do emissor, isto é, a pessoa que enviou a carta argumentativa)

Língua: primeira manifestação cultural de qualquer sociedade. Expressão maior do ser humano, em diferentes maneiras: verbal e não-verbal; escrita e falada; culta e variante; musical e visual. Enfim, Língua Portuguesa, Língua Brasileira, língua estrangeira: sem ela, a sociedade não sobreviveria.

Impropriedades de Linguagem
Evite gafes ao falar ou escrever

No dia-a-dia de nossas atividades estudantis, profissionais ou de lazer, nos discursos, na correspondência, ou mesmo no bate-papo entre amigos, qual de nós não cometeu algumas impropriedades de linguagem? O tempo passa e, se não exercitarmos o que estudamos e aprendemos, certamente alguma coisa vai escapar.
E vai daí que... Pensando nisso tudo, apresentamos uma série de formas próprias e impróprias de nos expressar, evitando, assim, 'gafes' desnecessárias.
Na coluna da esquerda, apresentamos as formas impróprias, ou seja, incorretas; à direita, estão as formas próprias, ou corretas.
IMPRÓPRIAS
PRÓPRIAS
A defesa entrou com recursoA defesa interpôs recurso
A dentroAdentro
Afim deA fim de
A grosso modoGrosso modo
Antes de mais nadaAntes de tudo
Aposentados recebem vencimentosAposentados recebem proventos
Após realizadoDepois de realizado
Arrasar comArrasar
As injeções já foram aplicadasAs injeções já foram feitas
As sentenças são anunciadasAs sentenças são prolatadas ou proferidas
A todo momentoA todo o momento
Caiu dentro da piscinaCaiu na piscina
Chefes dos Executivos recebem vencimentos e ajuda de custoChefes dos Executivos recebem subsídios e ajuda de representação
Dar palpite paraDar palpite sobre
De baixo acimaDe baixo a cima
Demorar paraDemorar em/a
Desobedecer os paisDesobedecer aos pais
Despachos de juízes são assinadosDespachos de juízes são exarados
Despesa é limitadaDespesa é fixada
Ele está atendendo a telefonema delaEle está atendendo ao telefonema dela
Empregados regidos pela CLT recebem ordenadosEmpregados regidos pela CLT recebem salários
Encostar emEncostar-se a
Escreventes da Justiça são funcionáriosEscreventes da Justiça são serventuários
Estive na divisa do Brasil com a BolíviaEstive na fronteira do Brasil com a Bolívia
Evitar deEvitar
Exonerações são decretadasExonerações são concedidas
Faleceu de acidente automobilísticoMorreu de acidente automobilístico
Falou no telefoneFalou ao telefone
Faltar deFaltar a
Grau centígradoGrau centesimal
'Habeas corpus' são requeridos'Habeas corpus' são impetrados
Habituar-se comHabituar-se a
Impetra-se mandato de segurançaImpetra-se mandado de segurança
Juiz dá parecer ou opiniãoJuiz vota, dá sentença ou julga
Juiz expede mandato de busca e apreensãoJuiz expede mandado de busca e apreensão
Ministério é 'staff' governamentalMinistério é Secretaria de Estado
Morreu de infartoFaleceu de infarto
Namorar comNamorar
Obedecer os paisObedecer aos pais
O carro chocou-se contra o posteO carro chocou-se com o poste
O custo do processo é muito elevadoAs custas do processo são elevadas
O guarda extraiu a multaO guarda aplicou a multa
O legista fez a autópsia no cadáverO legista fez a necropsia no cadáver
O Presidente pôs veto na leiO Presidente opôs veto à lei
O que é bom para a gripe?O que é bom contra a gripe?
Os promotores promovem libelosOs promotores proferem libelos
Parlamentares exercem representaçãoParlamentares exercem mandatos
Parlamentares recebem vencimentosParlamentares recebem subsídios
Prisões preventivas são expedidasPrisões preventivas são decretadas
- Quem é? É fulana? - É ela mesma!- Quem é? É fulana? - Sim, sou eu!
Quero falar consigoQuero falar com você (ou com o senhor>
Questões de ordem no Parlamento são requeridasQuestões de ordem no Parlamento são levantadas
Raio X, raioRaios X
Receita é calculadaReceita é estimada
Recorre-se da decisão do juizApela-se da decisão do juiz
Recursos são requeridosRecursos são interpostos
Temos várias alternativasTemos alternativas
(opção entre duas coisas)
Tirou a criança para fora do buracoTirou a criança do buraco
Torcer paraTorcer por
Tornar-se emTornar-se
Uma coisa dessaUma coisa dessas
Usufruir deUsufruir
Utilizar deUtilizar
Venci na vida às minhas custasVenci na vida à minha custa
Viúvas e herdeiros recebem proventosViúvas e herdeiros recebem pensões
Votar paraVotar em
© 2005 Oscar C. Pereira


SITES DE PESQUISAS


http://lingua-agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.htm

http://pt.scribd.com/doc/7170744/Redacao-Escrevendo-Com-Pratica
http://www.filologia.org.br/ixcnlf/10/13.htm