ROMANTISMO
Tendência que se manifesta nas artes e na literatura do final do século XVIII até o fim do século XIX. Nasce na Alemanha, na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e de lá se espalha pela Europa e pelas Américas. Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado. A tendência é influenciada pela tese do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Também está impregnada de ideais de liberdade da Revolução Francesa (1789).
ARTES PLÁSTICAS -O romantismo chega à pintura no início do século XIX. Na Espanha, o principal expoente é Francisco Goya (1746-1828). Na França destaca-se Eugène Delacroix (1798-1863), com sua obra Dante e Virgílio. Na Inglaterra, o interesse pelos fenômenos da natureza em reação à urbanização e à Revolução Industrial é visto como um traço romântico de naturalistas como John Constable (1776-1837). O romantismo na Alemanha produz obras de apelo místico, como as paisagens de Caspar David Friedrich (1774-1840).
LITERATURA -A poesia lírica é a principal expressão. Também são frequentes os romances. Frases diretas, vocábulos estrangeiros, metáforas, personificação e comparação são características marcantes. Amores irrealizados, morte e fatos históricos são os principais temas. O marco da literatura romântica é Cantos e Inocência (1789), do poeta inglês William Blake (1757-1827). O livro de poemas Baladas Líricas, do inglês William Wordsworth (1770-1850), é uma espécie de manifesto do movimento. O poeta fundamental do romantismo inglês é Lord Byron (1788-1824). Na linha do romance histórico, o principal nome é o escocês Walter Scott (1771-1832). Na Alemanha, o expoente é Goethe (1749-1832), autor de Fausto.
O romantismo impõe-se na França no fim da década de 1820 com Victor Hugo (1802-1885), autor de Os Miseráveis. Outro dramaturgo e escritor francês importante é Alexandre Dumas (1802-1870), autor de Os Três Mosqueteiros.
MÚSICA -Os compositores buscam liberdade de expressão. Para isso, flexibilizam a forma e valorizam a emoção. Exploram as potencialidades da orquestra e também cultivam a interpretação solo. Resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao romantismo caráter nacionalista.
A transição do classicismo musical, que acontece já no século XVIII, para o romantismo é representada pela última fase da obra do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827). Nas sonatas e em seus últimos quartetos de cordas, começa a se fortalecer o virtuosismo. De suas nove sinfonias, a mais conhecida e mais típica do romantismo é a nona. As tendências românticas consolidam-se depois com Carl Maria von Weber (1786-1826) e Franz Schubert (1797-1828).
O apogeu, em meados do século XIX, é atingido principalmente com Felix Mendelssohn (1809-1847), autor de Sonho de uma Noite de Verão, Hector Berlioz (1803-1869), Robert Schumann (1810-1856), Frédéric Chopin (1810-1849) e Franz Liszt (1811-1886). No fim do século XIX, o grande romântico é Richard Wagner (1813-1883), autor das óperas românticas O Navio Fantasma e Tristão e Isolda.
TEATRO -A renovação do teatro começa na Alemanha. Individualismo, subjetividade, religiosidade, valorização da obra de Shakespeare (1564-1616) e situações próximas do cotidiano são as principais características. O drama romântico em geral opõe num conflito o herói e o vilão. Os dois grandes expoentes são os poetas e dramaturgos alemães Goethe e Friedrich von Schiller (1759-1805). Victor Hugo é o grande responsável pela formulação teórica que leva os ideais românticos ao teatro. Os franceses influenciam os espanhóis, como José Zorrilla (1817-1893), autor de Don Juan Tenório; os portugueses, como Almeida Garrett (1799-1854), de Frei Luís de Sousa; os italianos, como Vittorio Alfieri (1749-1803), de Saul; e os ingleses, como Lord Byron (1788-1824), de Marino Faliero.
ROMANTISMO NO BRASIL -O romantismo surge em 1830, influenciado pela independência, em 1822. Desenvolve uma linguagem própria e aborda temas ligados à natureza e às questões político-sociais. Defende a liberdade de criação e privilegia a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade, a natureza, os temas nacionais, as questões político-sociais e o passado.
Artes plásticas -Os artistas dedicam-se a pinturas históricas, que enaltecem o Império e o nacionalismo oficial. Exemplos são as telas A Batalha de Guararapes, de Victor Meirelles (1832-1903), e A Batalha do Avaí, de Pedro Américo. O romantismo também influencia as obras dos pintores Araújo Porto Alegre (1806-1879) e Rodolfo Amoêdo (1857-1941).
Literatura -O marco inicial do romantismo brasileiro é a publicação, em 1836, de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1811-1882). A produção literária passa por quatro fases. A primeira (1836-1840) privilegia o misticismo, a religiosidade, o nacionalismo e a natureza. Seus expoentes são Araújo Porto Alegre e Gonçalves de Magalhães.
Na segunda (1840-1850) predominam a descrição da natureza, a idealização do índio e o romance de costumes. Os destaques são Gonçalves Dias, poeta de Canção dos Tamoios, José de Alencar, autor de O Guarani, e Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), de A Moreninha
Romantismo no Brasil – prosa
Prosa romântica: A ficção no Brasil: romances, contos e novelas aparecem na literatura brasileira no período romântico. Folhetins (romances publicados semanalmente em jornais ou revistas).
O 1° romance brasileiro é O Filho do Pescador, de Teixeira e Souza.
O Romance: predominância de tipos e supervalorização do enredo; descrições de lugares, de cenas e de acontecimentos daí a cor do local; estudo das relações humanas, no passado e no presente; apresentação da vida urbana, regional, rural e selvagem. Autores mais importantes: Joaquim Manuel de Macedo: em 1844, com A Moreninha, surge o verdadeiro romance brasileiro, adaptado ao nosso cenário ao nosso cenário, estudando a psicologia feminina, observando e retratando os costumes, as manias e as mediocridades da sociedade carioca de então.
Macedo soube como ninguém adaptar o romance europeu ao nosso ambiente satisfazendo o leitor. Obras: Poesia: A Moreninha (1844). O Moço Loiro (1845); Os Dois amores (1848); A Luneta mágica (1869). Teatro: O Cego (1849); O fantasma branco (1856); O primo da Califórnia (1858).
Bernardo Guimarães, Franklin Távora e Visconde de Taunay, têm em comum o fato de não relatar um Brasil litorâneo e contaminado pela cultura europeia. É por intermédio deles que é introduzida a imagem do sertanejo na nossa ficção, por isso eles são conhecidos por sertanistas. Bernardo Guimarães: ele é considerado o criador do romance sertanejo e regional, ambientado em Minas Gerais.
Obras: O ermitão de Muquém (1865); O Seminarista (1872); O garimpeiro (1872) e A escrava Isaura (1875).
Franklin Távora: mesmo tendo sido um dos fundadores do regionalismo brasileiro, fazendo uma proposta de literatura baseada na realidade, na história, na geografia e nos costumes locais, ele fez romances enfadonhos, não conseguindo realizar suas intenções realistas e naturalistas. Obras: Romance: Os índios do Jaguaribe (1862); A casa de Palha (1866); O cabeleira (1876); O mulato (1878). Conto: A trindade maldita (1861).
Visconde de Taunay: romântico pelo seu idealismo sentimental e realista por suas descrições da natureza, às vezes com observações minuciosas e notas científicas sobre a fauna e flora, ele é um escritor de transição. Obras: Romance: A mocidade de Trajano (1871); Inocência (1872); O encilhamento (1894); A retirada de Laguna (1872 – em francês). Escreveu também contos, depoimentos, ensaios e peças teatrais. José de Alencar: Alencar é sem dúvida o principal ficcionista romântico brasileiro.
Ele explorou a lenda, a história, os costumes da sociedade, a política e a vida colonial. Seus temas principais eram o homem e a terra brasileira, o Brasil do campo e das cidades. Devido a sua vastíssima obra, ela costuma ser dividida em: romance indianista, romance histórico, romance urbano e romance regionalista.
Romance indianista: ele faz constatar a ganância e a falsidade do civilizado europeu com o mito do “bom selvagem”, a quem dá características de fidalgo. Ele incorpora o vocabulário indígena e chama a atenção aos costumes indígenas. Romance indianista: O guarani (1857); Iracema (1857) e Ubirajara (1874).
Romance histórico: baseado na imaginação, ele faz referencia à conquista definitiva da terra brasileira e à ambição de imigrantes e aventureiros interessados nas riquezas da nova terra. Além de representar as nossas origens e a formação como povo. Romances históricos: As minas de Prata (1865) e a Guerra dos Mascates (1873). Romance urbano: trata da vida do Rio de Janeiro da época, apresenta dramas morais e tipos femininos complicados.
O amor, o casamento por interesse, a sociedade patriarcal e a importância do dinheiro. Romances urbanos: Cinco minutos (1856); A viuvinha (1860), Lucíola (1862); Diva (1864); A pata da gazela (1870); Sonhos d’ouro (1872); Senhora (1875) e Encarnação (1893).
Romance regionalista: traça um painel das principais regiões do país, o extremo sul, o interior fluminense, o planalto paulista e o nordeste, fazendo uma descrição de hábitos e costumes dessas regiões. Romances regionalistas: O gaúcho (1870); O tronco do ipê (1871); Til (1872) e o Sertanejo (1875). Além dos romances citados José Martiniano de Alencar, escreveu: Teatro: Demônio familiar (1857); Verso e reverso (1857); AS asas de um anjo (1860); Mãe (1862) e O jesuíta (1875). Poesia: Os filhos de Tupã (inacabado) Não ficção: Ao correr da pena (1874) e Como e por que sou romancista (1893).
3º ANO 1º
BIMESTRE 2013
Introdução
A
realização deste trabalho tem como objetivo mostrar os fatos, ocorrências,
conseqüências de um dos períodos da nossa Literatura, o Pré-Modernismo.
Tentaremos
mostrar claramente, com a melhor das intenções, os fatos e características de
tal assunto, e também através da realização deste trabalho, procuraremos tirar
o maior proveito para o nosso aprendizado, buscando colher mais informações
úteis que sejam satisfatórias para que por meio da pesquisa, nós possamos
engrandecer o nosso conhecimento.
Pré-Modernismo
O pré-modernismo deve ser situado nas duas décadas iniciais deste século, até 1922, quando foi realizada a Semana da Arte Moderna. Serviu de ponte para unir os conceitos prevalecentes do Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo.
O pré-modernismo deve ser situado nas duas décadas iniciais deste século, até 1922, quando foi realizada a Semana da Arte Moderna. Serviu de ponte para unir os conceitos prevalecentes do Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo.
O
pré-modernismo não foi uma ação organizada nem um movimento e por isso deve ser
encarado como fase.
Não
possui um grande número de representantes mas conta com nomes de imenso valor
para a literatura brasileira que formaram a base dessa fase.
O
pré-modernismo, também conhecido como período sincrético. Os autores embora
tivessem cultivado formalismos e estilismos, não deixaram de mostrar
inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e
sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o
Modernismo.
Essa foi
uma fase de uma grande transição que nos deixou grandes jóias como Canaã de
Graça Aranha; Os Sertões de Euclides da Cunha; e Urupês de Monteiro Lobato.
O que se
convencionou em chamar de Pré-Modernismo, no Brasil, não constitui uma escola
literária, ou seja, não temos um grupo de autores afinados em torno de um mesmo
ideário, seguindo determinadas características. Na realidade, Pré-Modernismo é
um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária que caracterizaria
os primeiros vinte anos deste século. Aí vamos encontrar as mais variadas
tendências e estilos literários, desde os poetas parnasianos e simbolistas, que
continuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvolver um novo
regionalismo, outros preocupados com uma literatura política e outros, ainda,
com propostas realmente inovadoras.
Por
apresentarem uma obra significativa para uma nova interpretação de realidade
brasileira, bem como pelo valor estilístico, limitaremos o Pré-Modernismo ao
estudo de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e
Augusto dos Anjos. Assim, abordaremos o período que se inicia em 1902 com a
publicação de dois importantes livros - Os sertões, de Euclides da Cunha e
Canaã, de Graça Aranha - e se estende até o ano de 1922, com a realização da
Semana da Arte Moderna.
Momento
Histórico
Enquanto
a Europa se prepara para a Primeira Guerra Mundial, o Brasil começa a viver, a
partir de 1894, um novo período de sua história republicana: com a posse do
paulista Prudente de Morais, primeiro presidente civil, inicia-se a
"República do café-com-leite", dos grandes proprietários rurais, em
substituição a "República da Espada" (governos do marechal Deodoro e
do marechal Floriano). É a áurea da economia cafeeira no Sudeste; é o movimento
de entrada de grandes levas de imigrantes, notadamente os italianos; é o
esplendor da Amazônia com o ciclo da borracha; é o surto de urbanização de São
Paulo.
Mas toda
esta prosperidade vem deixar cada vez mais claros os fortes contrastes da
realidade brasileira. É, também, o tempo de agitações sociais. Do abandono do
Nordeste partem os primeiros gritos da revolta. Em fins do século XIX, na
Bahia, ocorre a Revolta de Canudos, tema de Os sertões, de Euclides da Cunha;
nos primeiros anos do século XX, o Ceará é o palco de conflitos, tendo como
figura central o padre Cícero, o famoso "Padim Ciço"; em todo o
sertão vive-se o tempo do cangaço, com a figura lendária de Lampião.
O Rio de
Janeiro assiste, em 1904, a uma rápida mais intensa revolta popular, sob o
pretexto aparente de lutar contra a vacinação obrigatória idealizada por
Oswaldo Cruz; na realidade, tratava-se de uma revolta contra o alto custo de
vida, o desemprego e os rumos da República. Em 1910, há outra importante
rebelião, desta vez dos marinheiros liderados por João Cândido, o
"almirante negro", contra o castigo corporal, conhecida como a
"Revolta de Chibata". Ao mesmo tempo, em São Paulo, as classes
trabalhadoras sob a orientação anarquista, iniciam os movimentos grevistas por
melhores condições de trabalho.
Essas
agitações são sintomas de crise na "República do café-com-leite", que
se tornaria mais evidente na década de 1920, servindo de cenário ideal para os
questionamentos da Semana da Arte Moderna.
Características
Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma escola literária, apresentando individualidades muito fortes, com estilos às vezes antagônicas - como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e Lima Barreto -, podemos perceber alguns pontos em comum entre as principais obras pré-modernistas.
Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma escola literária, apresentando individualidades muito fortes, com estilos às vezes antagônicas - como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e Lima Barreto -, podemos perceber alguns pontos em comum entre as principais obras pré-modernistas.
Apesar de
alguns conservadorismos, são obras inovadoras, apresentando uma ruptura com o
passado, com o academismo; a linguagem de Augusto dos Anjos, ponteadas de
palavras "não poéticas" como cuspe, vômito, escarro, vermes, era uma
afronta à poesia parnasiana ainda em vigor; a denúncia da realidade brasileira,
negando o Brasil literário herdado de Romantismo e Parnasianismo; o Brasil não
oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o
grande tema do Pré-Modernismo;
* o
regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e Nordeste com
Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato;
o Espírito do Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto;
* os
tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os
funcionários públicos, os mulatos;
* uma
ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos, diminuindo a
distância entre a realidade e a ficção.
Conclusão
No
decorrer da realização deste trabalho, as intenções de alcançar sua perfeição
foram as melhores possíveis.
Através
dele pudemos entender e compreender diversas fases e acontecimentos de nossa
literatura.
Ao
concluir a realização deste trabalho, foi imensa, a minha satisfação pelo
conhecimento adquirido, tendo certeza, que tais acontecimentos, é de suma
importância para a continuidade de nossa história.
Autoria:
Sonia Yamamoto
Pré-Modernismo
(artigo 2)
Nas
últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século XX, o Brasil também
viveu sua bélle époque. Nesse período nossa literatura caracterizou-se pela
ausência de uma única diretriz. Houve, isso sim, um sincretismo estético, um
entrecruzar de várias correntes artístico-literárias. O país vivia na época uma
constante tensão.
Nesse
contexto, alguns autores refletiam o inconformismo diante de uma realidade
sócio-cultural injusta e já apontavam para a irrupção iminente do movimento
modernista. Por outro lado, muitas obras ainda mostravam a influência das
escolas passadas: realista/naturalista/parnasiana e simbolista. Essa dicotomia
de tendências, uma renovadora e outra conservadora, gerou não só tensão, mas
sobretudo um clima rico e fecundo, que Alceu Amoroso Lima chamou de
Pré-Modernismo.
Quanto à
prosa, podemos distinguir três tipos de obras:
1- Obras
de ambiência rural e regional - que tem por temática a paisagem e o homem do
interior.
2- Obras
de ambiência urbana e social - retratando a realidade das nossas cidades.
3- Obras
de ambiência indefinida - cujos autores produzem uma literatura desligada da
realidade sócio-econômica brasileira.
Características
:
A) ruptura com o passado - por meio de linguagem chocante, com vocabulário que exprime a “frialdade inorgânica da terra”.
A) ruptura com o passado - por meio de linguagem chocante, com vocabulário que exprime a “frialdade inorgânica da terra”.
B)
inconformismo diante da realidade brasileira - mediante um temário diferente
daquele usado pelo romantismo e pelo parnasianismo : caboclo, subúrbio,
miséria, etc..
C)
interesse pelos usos e costumes do interior - regionalismo, com registro da
fala rural.
D)
destaque à psicologia do brasileiro - retratando sua preguiça, por exemplo nas
mais diferentes regiões do Brasil.
E)
acentuado nacionalismo - exemplo Policarpo Quaresma.
F)
preferência por assuntos históricos.
G)
descrição e caracterização de personagens típicos - com o intuito de retratar a
realidade política, e econômica e social de nossa terra.
H)
preferência pelo contraste físico, social e moral.
I)
sincretismo estético - Neo-Realismo, Neoparnasianismo, Neo-Simbolismo.
J)
emprego de uma linguagem mais simples e coloquial - com o objetivo de combater
o rebuscamento e o pedantismo de alguns literatos.
Principais
autores :
Na
poesia: Augusto dos Anjos, Rodrigues de Abreu, Juó Bananére, etc..
Na prosa:
Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos,
Simões Lopes, Afrânio Peixoto, Alcides Maia, Valdomiro Silveira, etc...
ATIVIDADES
01.
(FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado e
delirante da
personagem
principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam
“reformar” o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores
da vida nacional:
a)
escolar, agrícola e militar;
b)
lingüístico, industrial, e militar;
c)
cultural, agrícola e político;
d)
lingüístico, político e militar;
e)
cultura, industrial e político.
02. Nas
duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima
Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
a) A
intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
b) A
adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
c) A
expressão de aspectos ate então negligenciados da realidade brasileira.
d) A
prática de um experimentalismo lingüístico radical.
e) O
estilo conservador do antigo regionalismo romântico.
03.
Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu, editado pela primeira vez em
1912. Outras Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Considerando a
produção literária desse poeta, pode-se dizer que:
a) Foi
recebida sem restrições no meio literário de sua época, alcançando destaque na
história das formas literárias brasileiras.
b) Revela
uma militância político-ideológica que o coloca entre principais poetas
brasileiros de veio
socialista.
c) Foi
elogiada poeticamente pela crítica de sua época, entretanto não representou um
sucesso de público.
d) Traduz
a sua subjetividade pessimista em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um
vocabulário em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário
técnico-científico-poético.
e) Anuncia
o Parnasianismo, em virtude das suas inovações técnico-científicas e de sua
temática
psicanalítica.
04.
Assinale a associação incorreta:
a) Lobato
– narrativa oral.
b) Lima
Barreto – simplicidade, oposição ao preciosismo.
c) Graça
Aranha – sincretismo entre Realismo, Simbolismo e Impressionismo.
d)
Euclides da Cunha – “barroco cientifico”.
e) Coelho
Neto – simplicidade, apontado pelos modernistas como exemplo.
05.
Assinale a falsa, sobre Monteiro Lobato:
a) traz a
paisagem do Vale do Paraíba paulista, denunciando a devastação da natureza pela
pratica
agrícola
da queimada;
b)
explora os aspectos visíveis do ser humano; seus contos têm quase sempre finais
trágicos e deprimentes;
c)
vale-se das tradições orais do caipira, personificado pelo Jeca Tatu,
valendo-se do coloquialismo do
“contador
de casos”;
d) nos
romance Urupês e Cidades Mortas aborda a decadência da agricultura no Vale do
Paraíba, após o “ciclo” do café;
e)
n.d.a.
06. Em Os
Sertões, de Euclides da Cunha, a natureza:
a)
condiciona o comportamento do homem, de acordo com as concepções do
determinismo cientifico de fins do século XIX;
b) é
objeto de uma descrição romântica impregnada dos sentimentos humanos do autor;
c)
funciona como contraponto à narração, ressaltando o contaste entre o meio
inerte e o homem
agressivo;
d) é o
tema da primeira parte da obra, A Terra, mas não funciona como elemento
determinante da ação;
e) é
cenário desolador, dentro do qual vivem e lutam os homens que podem
transformá-la, sem que sejam por ela transformados.
07. A
obra de Lima Barreto:
a) É
considerada pré-modernista, uma vez que reflete a vida urbana paulista antes da
década de 20.
b) Gira
em torno da influencia do imigrante estrangeiro na formação da nacionalidade
brasileira, refletindo uma grande consciência crítica dessa problemática.
c)
Reflete a sociedade rural do século XIX, podendo ser considerada precursora do
romance regionalista moderno.
d) É
pré-modernista, refletindo forte sentimento nacional e grande consciência
critica de problemas
brasileiros.
e) Tem
cunho social, embora esteja presa aos cânones estéticos e ideológicos
românticos e influenciou fortemente os romancistas da primeira geração
modernista.
08.
Assinale a alternativa em que aparecem três características de Rui Barbosa:
a) espírito
combativo, sinonímia, historiador;
b) poeta
parnasiano, lirismo, subjetividade;
c)
retratista, análise, regionalista;
d) orador
exímio, justeza verba, linguagem elaborada;
e)
critica, sátira, barroquismo.
09.
“Sofreu influencias das idéias deterministas de Taine; nacionalista ferrenho,
deu grande valor à mestiçagem; foi o primeiro intérprete da evolução cultural e
espiritual brasileira; ignorando Hege, Engels e Marx faltou-lhe uma concepção
totalizante e dialética da cultura.”:
a) Raul
Pompéia;
b) Sílvio
Romero;
c) Rui
Barbosa;
d)
Domingos Olímpio;
e) Adolfo
Caminha.
10. A
obra reúne uma série de artigos, iniciados com Velha Praga, publicados em O
Estado de São Paulo a 14-11-1914. Nestes artigos o autor insurge-se contra o
extermínio das matas da Mantiqueira pela ação nefasta das queimadas, retrógrada
pratica agrícola perpetrada peã ignorância dos caboclos, analisa o primitivismo
da vida dos caipiras do Vale da Paraíba e critica a literatura romântica que
cantou liricamente esses marginais da civilização:
a)
Contrastes e Confrontos (Euclides da Cunha);
b) Urupês
(Monteiro Lobato);
c) Idéias
de Jeca Tatu (Monteiro Lobato);
d) À
Margem da História (Euclides da Cunha);
e) n.d.a.
GABARITO
01.C 02.C
03.D 04.E 05.B 06.A 07.D 08.D 09.B 10.B
Postado
por ATIVIDADES DO CEOM
EUCLIDES DA CUNHA,MONTEIRO LOBATO,LIMA BARRETO E GRAÇA ARANHA.
O PRÉ-MODERNISMO NO BRASIL
Click no link abaixo e bom estudo!
http://www.algosobre.com.br/literatura/pre-modernismo.html
Vanguardas Europeias - resumo, dicas e questão comentada
Os movimentos de vanguarda emergiram na Europa nas duas primeiras décadas do século 20 e provocaram ruptura com a tradição cultural do século 19. Foram extremamente radicais e influenciaram manifestações artísticas em todo o mundo.
As cinco principais correntes vanguardistas foram: futurismo, cubismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo.
Futurismo: primeiro movimento merecedor da classificação de vanguarda, caracteriza-se pelo interesse ideológico na arte. Sua produção preconiza a subversão radical da cultura e dos costumes, negando o passado em sua totalidade e pregando a adesão à pesquisa metódica e à experimentação estilística e técnica.
Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882 – 1963), esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens.
Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são contra as teorias e ordenações lógicas.
Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas no mundo interior do artista.
Surrealismo: como o Expressionismo, preocupa-se com a sondagem do mundo interior, a liberação do inconsciente e a valorização do sonho. Esse fascínio pelo que transcende a realidade aproxima os surrealistas das ideias do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939).
Com o que ficar atento?
A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que, no campo das artes ou das ideias, está à frente de seu tempo.
Como pode cair no vestibular?
Não satisfeitos com a produção artística de sua época, artistas de vanguarda buscam novas formas de expressão. Os recursos estilísticos utilizados por eles em suas composições têm sido amplamente explorados em vestibulares. Além disso, o tema tem ligação com a atualidade, pois vivemos em uma época em que ruptura de paradigmas são constantes.
Como já caiu no vestibular?
1. (UFPE – PE) Os movimentos culturais do final do século XIX e das primeiras décadas do século XX dialogavam com as mudanças que ocorriam na sociedade ocidental, com a afirmação do modo de produção capitalista e com as novas formas de pensar e de sentir o mundo. Com o modernismo e as vanguardas artísticas, houve mudanças importantes, pois:
( ) Matisse, Van Gogh e Picasso expressaram com seus quadros mudanças nas concepções estéticas da pintura.
( ) o dadaísmo procurou radicalizar nas suas propostas, criticando os valores estabelecidos, com destaque para a obra de artistas como Marcel Duchamp.
( ) o surrealismo trouxe a exploração do inconsciente, presente na pintura do espanhol Salvador Dali e na obra literária do francês André Breton.
( ) com obras que causaram impacto, houve um rompimento frente aos modelos clássicos que adotavam regras e limites para o artista.
( ) concepções literárias e musicais renovadoras, estiveram presentes nas obras de Marcel Proust, James Joyce, Debussy, Paul Éluard, Stravinsky e tantos outros.
( Guia do estudante)
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/vanguardas-europeias-resumo-dicas-questao-comentada-598933.shtml
As cinco principais correntes vanguardistas foram: futurismo, cubismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo.
Futurismo: primeiro movimento merecedor da classificação de vanguarda, caracteriza-se pelo interesse ideológico na arte. Sua produção preconiza a subversão radical da cultura e dos costumes, negando o passado em sua totalidade e pregando a adesão à pesquisa metódica e à experimentação estilística e técnica.
Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882 – 1963), esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens.
Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são contra as teorias e ordenações lógicas.
Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas no mundo interior do artista.
Surrealismo: como o Expressionismo, preocupa-se com a sondagem do mundo interior, a liberação do inconsciente e a valorização do sonho. Esse fascínio pelo que transcende a realidade aproxima os surrealistas das ideias do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939).
Com o que ficar atento?
A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que, no campo das artes ou das ideias, está à frente de seu tempo.
Como pode cair no vestibular?
Não satisfeitos com a produção artística de sua época, artistas de vanguarda buscam novas formas de expressão. Os recursos estilísticos utilizados por eles em suas composições têm sido amplamente explorados em vestibulares. Além disso, o tema tem ligação com a atualidade, pois vivemos em uma época em que ruptura de paradigmas são constantes.
Como já caiu no vestibular?
1. (UFPE – PE) Os movimentos culturais do final do século XIX e das primeiras décadas do século XX dialogavam com as mudanças que ocorriam na sociedade ocidental, com a afirmação do modo de produção capitalista e com as novas formas de pensar e de sentir o mundo. Com o modernismo e as vanguardas artísticas, houve mudanças importantes, pois:
( ) Matisse, Van Gogh e Picasso expressaram com seus quadros mudanças nas concepções estéticas da pintura.
( ) o dadaísmo procurou radicalizar nas suas propostas, criticando os valores estabelecidos, com destaque para a obra de artistas como Marcel Duchamp.
( ) o surrealismo trouxe a exploração do inconsciente, presente na pintura do espanhol Salvador Dali e na obra literária do francês André Breton.
( ) com obras que causaram impacto, houve um rompimento frente aos modelos clássicos que adotavam regras e limites para o artista.
( ) concepções literárias e musicais renovadoras, estiveram presentes nas obras de Marcel Proust, James Joyce, Debussy, Paul Éluard, Stravinsky e tantos outros.
( Guia do estudante)
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/vanguardas-europeias-resumo-dicas-questao-comentada-598933.shtml
O MODERNISMO 1° FASE
http://www.graudez.com.br/literatura/modernismo.html
http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/geracao/index.htm
http://www.blogger.com/goog_1353358421
http://www.brasilescola.com/literatura/o-modernismo-no-brasil.htm
http://www.slideshare.net/ediralonso/modernismo2