FIGURAS DE LINGUAGEM E EXERCÍCIOS

Figuras de Linguagem



         



   As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva.. É um recurso lingüístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
            As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
            As figuras de linguagem classificam-se
em:
                        a) figuras de palavras;
                        b) figuras de harmonia;
                        c) figuras de pensamento;
                        d) figuras de construção ou sintaxe.

FIGURAS DE PALAVRA

            As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
            São figuras de palavras:
                        a) comparação             e)  catacrese
                        b metáfora                   f)  sinestesia
                        c) metonímia               g)  antonomásia
                        d) sinédoque               h)  alegoria

·                    Comparação
            Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.

                    Exemplos:
            "Amou daquela vez como se fosse máquina.

            Beijou sua mulher como se fosse lógico."
                                        (Chico Buarque)

            "As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas..."
                                  
      (Jorge Amado)

·                    Metáfora
            Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.

                    Exemplo:
            "Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão."
                                        (Machado de Assis)

·                    Metonímia
            Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:

            o continente pelo conteúdo e vice-versa:
            Antes de sair, tomamos um cálice1 de licor.
            1 O conteúdo de um cálice.

            a causa pelo efeito e vice-versa:
            "E assim o operário ia
            Com suor e com cimento 2
            Erguendo uma casa aqui
            Adiante um apartamento."
                                        (Vinicius de Moraes)
            2 Com trabalho.

            o lugar de origem ou de produção pelo produto:
            Comprei uma garrafa do legítimo porto 3.
            3 O vinho da cidade do Porto.

            o autor pela obra:
            Ela parecia ler Jorge Amado 4.
            4 A obra de Jorge Amado.

            o abstrato pelo concreto e vice-versa:
            Não devemos contar com o seu coração 5.
               5 Sentimento, sensibilidade.

            o símbolo pela coisa simbolizada:
            A coroa 6 foi disputada pelos revolucionários.
            6 O poder.

            a matéria pelo produto e vice-versa:
            Lento, o bronze 7 soa.
            7 O sino.

            o inventor pelo invento:
            Edson 8 ilumina o mundo.
            8 A energia elétrica.

            a coisa pelo lugar:
            Vou à Prefeitura 9.
            9 Ao edifício da Prefeitura.

            o instrumento pela pessoa que o utiliza:
            Ele é um bom garfo 10.
            10 Guloso, glutão.


·                    Sinédoque
            Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:

            o todo pela parte e vice-versa:
            "A cidade inteira 1 viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos 2 de seu cavalo."
                                        (J. Cândido de Carvalho)
            1 O povo.
            2 Parte das patas.

            o singular pelo plural e vice-versa:
            O paulista 3 é tímido; o carioca 4, atrevido.
            3 Todos os paulistas.
            4 Todos os cariocas.

            o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
            Para os artistas ele foi um mecenas 5.
            5 Protetor.
            Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque.
·                    Catacrese
            A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico."
                                        (Othon M. Garcia)

            São exemplos de catacrese:
            folhas de livro             pele de tomate
            dente de alho             montar em burro
            céu da boca               cabeça de prego
            mão de direção          ventre da terra
            asa da xícara             sacar dinheiro no banco

·                    Sinestesia
            A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).

                    Exemplo:
            "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal."
                                        (Augusto Meyer)

·                    Antonomásia
            Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.
            Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.

                    Exemplos:
            "E ao rabi simples 1, que a igualdade prega,
            Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
                                        (Raimundo Correia)
                1 Cristo

            Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
            O Cisne de Mântua (= Virgílio)
            O poeta dos escravos (= Castro Alves)
            O Dante Negro (= Cruz e Souza)
            O Corso (= Napoleão)

·                    Alegoria
            A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro metafórico.

                    Exemplo:
            "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente..."
                                        (Machado de Assis)



FIGURAS DE HARMONIA

            Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se procura "imitar"sons produzidos por coisas ou seres.
            As figuras de harmonia ou de som são:

                        a) aliteração                c) assonância
                        b) paronomásia                       d) onomatopeia

·                    Aliteração
            Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.

                    Exemplo:
            "Toda gente homenageia Januária na janela."
                                        (Chico Buarque)

·                    Assonância
            Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.

                    Exemplo:
            "Sou Ana, da cama
            da cana, fulana, bacana
            Sou Ana de Amsterdam."
                                        (Chico Buarque)

·                    Paronomásia
            Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.

                    Exemplo:
            "Berro pelo aterro pelo desterro
            berro por seu berro pelo seu erro
            quero que você ganhe que você me apanhe
            sou o seu bezerro gritando mamãe."
                                        (Caetano Veloso)

·                    Onomatopeia
            Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.

                    Exemplo:
            "O silêncio fresco despenca das árvores.
            Veio de longe, das planícies altas,
            Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
            Vvvvvvvv... passou."
                                        (Mário de Andrade)

            "Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno."
                                        (Fernando Pessoa)



FIGURAS DE PENSAMENTO

            As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
           


 São figuras de pensamento:
                        a) antítese                    d) apóstrofe                 g) paradoxo
                        b) eufemismo              e) gradação                 h) hipérbole
                        c) ironia                       f) prosopopeia             i) perífrase

·                    Antítese
            Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.

                    Exemplo:
            "Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal."
                                        (Rui Barbosa)

·                    Apóstrofe
            Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.

                    Exemplo:
            "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?"
                                        (Castro Alves)

·                    Paradoxo
            Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.

                    Exemplo:
            "Amor é fogo que arde sem se ver;
            É ferida que dói e não se sente;
            É um contentamento descontente;
            É dor que desatina sem doer;"
                                        (Camões)


·                    Eufemismo
            Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.

                    Exemplo:
            "E pela paz derradeira1 que enfim vai nos redimir Deus lhe pague".
                                        (Chico Buarque)
            1 paz derradeira: morte

·                    Gradação
            Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.

                    Exemplo:
            "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo."
                                        (Castro Alves)

·                    Hipérbole
            Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.

                    Exemplo:
            "Rios te correrão dos olhos, se chorares!"
                                        (Olavo Bilac)
·                    Ironia
            Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.

                    Exemplo:
            "Moça linda, bem tratada,
            três séculos de família,
            burra como uma porta:
            um amor."
                                        (Mário de Andrade)

·                    Prosopopeia
            Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
            Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...) silencioso e levemente melancólico..."
                    Exemplos:
            "... os rios vão carregando as queixas do caminho."
                                        (Raul Bopp)
            Um frio inteligente (...) percorria o jardim..."
                                        (Clarice Lispector)

·                    Perífrase
            Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.

                    Exemplo:
            "Cidade maravilhosa
            Cheia de encantos mil
            Cidade maravilhosa
            Coração do meu Brasil."
                                        (André Filho)


FIGURAS DE SINTAXE  OU DE CON

            As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
            Elas podem ser construídas por:
                        a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
                        b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
                        c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
                        d) ruptura: anacoluto;
                        e) concordância ideológica: silepse.

            Portanto, são figuras de construção ou sintaxe:
                        a) assíndeto                 e) elipse                      i) zeugma
                        b) anáfora                    f) pleonasmo               j) polissíndeto
                        c) anástrofe                 g) hiperbato                 l) sínquise
                        d) hipálage                  h) anacoluto                m) silepse

·                    Assíndeto
            Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
            Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).

                    Exemplo:
            "Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se."
                                        (Machado de Assis)
·                    Elipse
            Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.

                    Exemplo:
            "Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas." 1
                 1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
·                    Zeugma
            Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.

                    Exemplo:
            "Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes." 1
                                        (Camilo Castelo Branco)
               1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
·                    Anáfora
            Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.

                    Exemplo:
            "Depois o areal extenso...
            Depois o oceano de pó...
            Depois no horizonte imenso
            Desertos... desertos só..."
                                        (Castro Alves)

·                    Pleonasmo
            Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado.

                        a) Pleonasmo literário
            É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.

                    Exemplo:
            "Iam vinte anos desde aquele dia
            Quando com os olhos eu quis ver de perto
            Quando em visão com os da saudade via."
                                        (Alberto de Oliveira)

            "Morrerás morte vil na mão de um forte."
                                        (Gonçalves Dias)

            "Ó mar salgado, quando do teu sal
            São lágrimas de Portugal"
                                        (Fernando Pessoa)

                        b) Pleonasmo vicioso
            É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do sentido real das palavras. 

                    Exemplos:
            subir para cima                 entrar para dentro
            repetir de novo                  ouvir com os ouvidos
            hemorragia de sangue       monopólio exclusivo
            breve alocução                  principal protagonista

·                    Polissíndeto
            Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.

                    Exemplo:
            "Vão chegando as burguesinhas pobres,
            e as criadas das burguesinhas ricas
            e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza."
                                        (Manuel Bandeira)
·                    Anástrofe
            Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas ( determinante/determinado).

                    Exemplo:
            "Tão leve estou 1 que nem sombra tenho."
                                        (Mário Quintana)
            1 Estou tão leve...

·                    Hipérbato
            Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.

                    Exemplo:
            "Passeiam à tarde, as belas na Avenida. " 1
                                        (Carlos Drummond de Andrade)
            1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
·                    Sínquise
            Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.

                    Exemplo:
            "A grita se alevanta ao Céu, da gente. " 1
                                        (Camões)
            1 A grita da gente se alevanta ao Céu.

·                    Hipálage
            Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase.

                    Exemplo:
            "... as lojas loquazes dos barbeiros." 2
                                        (Eça de Queiros)
            2 ... as lojas dos barbeiros loquazes.
 A criança calçou as luvas nas mãos. (ao invés de calçar as mãos na luva)

·                    Anacoluto
            Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos - que não apresentam função sintática definida - desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.

                    Exemplo:
            "Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas."
                                        (Alcântara Machado)
·                    Silepse
            Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associada.
           
                        a) Silepse de gênero
            Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).

                    Exemplo:
            "Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito."
                                        (Guimarães Rosa)

                        b) Silepse de número
            Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).

                    Exemplo:
            Corria gente de todos lados, e gritavam."
                                        (Mário Barreto)

                        c) Silepse de pessoa
            Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.

                    Exemplo:
            "Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas."
                                        (Machado de Assis)





FIGURAS DE LINGUAGEM EXERCÍCIOS
      
Nos exercícios de número 1 a 22, faça a associação de acordo com o seguinte código:

      a) elipse                           g) anacoluto
      b) zeugma                         h) silepse de gênero
      c) pleonasmo                     i) silepse de número
      d) polissíndeto                   j) silepse de pessoa
      e) assíndeto                        l) anáfora
      f) hipérbato                         m) anástrofe
      1. (   ) “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.”(Machado de Assis)
      2. (   ) “Aquela mina de ouro, ele não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (José Lins do Rego)
      3) (   ) “Este prefácio, apesar de interessante, inútil.” (Mário Andrade)
      4. (   ) “Era véspera de Natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de lá-Dijina, em sua casa deles dois, da outra banda, na Lapa-Laje.” (Guimarães Rosa)
      5. (   ) “Em volta: leões deitados, pombas voando, ramalhetes de flores com laços de fitas, o Zé-Povinho de chapéu erguido.”
      (Aníbal Machado)
      6. (   ) “Sob os tetos abatidos e entre os esteios fumegantes, deslizavam melhor, a salvo, ou tinham mais invioláveis esconderijos, os sertanejos emboscados. “ (Euclides da Cunha)
      7. (   ) V. Exa. está cansado?
      8. (   ) “Caça, ninguém não pegava... (Mário de Andrade)
      9. (   ) “Mas, me escute, a gente vamos chegar lá.”(Guimarães Rosa)
      10. (   ) “Grande parte, porém, dos membros daquela assembléia estavam longe destas idéias.”(Alexandre Herculano)
      11. (   ) “E brinquei, e dancei e fui
      Vestido de rei....”(Chico Buarque)
      12. (   ) “Wilfredo foge. O horror vai com ele, inclemente. Foge, corre, e vacila, e tropeça e resvala, E levanta-se, e foge alucinadamente....”(Olavo Bilac)
      13. (   ) “Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo do taquari cheio de sarro.” (Graciliano Ramos)
      14. (   ) “Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.”
      (Antônio Olavo Pereira)
      15. (   ) “Coisa curiosa é gente velha. Como comem!” (Aníbal Machado)
      16. (   ) “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado.”(Martinho da Vila)
      17. (   ) “Rubião fez um gesto. Palha outro; mas quão diferentes.”( Machado de Assis)
      18. (   ) “Estava certo de que nunca jamais ninguém saberia do meu crime.” (Aurélio Buarque de Holanda)
      19. (   ) “Fulgem as velhas almas namoradas....
      - Almas tristes, severas, resignadas,
      De guerreiros, de santos, de poetas. “
      (Camilo Pessanha)
      20. (   ) “Muita gente anda no mundo sem saber pra quê: vivem porque vêem os outros viverem.”
      (J. Simões Lopes Neto)
      21. (   ) “Um mundo de vapores no ar flutua.”
      (Raimundo Correa)
      22. (   ) “Tende piedade de mulher no instante do parto.
      Onde ela é como a água explodindo em convulsão
      Onde ela é como a terra vomitando cólera
      Onde ela é como a lua parindo desilusão.”
      (Vinícius de Morais)
      Nos exercícios de números 23 a 40, faça a associação de acordo com o seguinte código:
               a) metáfora                        f) sinédoque
      b) comparação                      g) sinestesia
      c) prosopopeia                     h) onomatopeia
      d) antonomásia                     i) aliteração
      e) metonímia                       j) catacrese
      23. (   ) “Asas tontas de luz, cortando o firmamento!”
      (Olavo Bilac)
      24. (   ) “Redondos tomates de pele quase estalando.”(Clarice Lispector)
      25. (   ) “O administrador José Ferreira
      Vestia a mais branca limpeza.”
      (João Cabral de Melo Neto)
      26. (   ) “A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo.”
      (José Cândido de Carvalho)
      27. (   ) “A noite é como um olhar longo e claro de mulher. “ (Vinícius de Morais)
      28. (   ) A virgem dos lábios de mel é um das personagens mais famosas de nossa literatura.
      29. (   ) “O pé que tinha no mar a si recolhe.” (Camões)
      30. (   ) “Se os deuses se vingam, que faremos nós os mortais? “ ( V. Bergo)
      31. (   ) “Solução onda trépida e lacrimosa; geme a brisa folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso.”
      ( José de |Alencar)
      32. (   ) “Avista-se o grito das araras.” (Guimarães Rosa)
      33. (   ) “Da noite a tarde ea taciturna trova
      Soluça...”
      34. (   ) “O Forte ergue seus braços para o céu de estrelas e de paz.” ( Adonias Filho)
      35. (   ) “Lá fora a noite é um pulmão ofegante.” (Fernando Namora)
      36. (   ) “O meu abraço te informará de mim.”
      (Alcântara Machado)
      37. (   ) “Iam-se as sombras lentas desfazendo
      Sobre as flores da terra frio orvalho. “( Camões)
      38. (   ) “Não há criação nem morte perante a poesia
      Diante dela, a vida é um sol estático
      Não aquece, nem ilumina”
      (Carlos Drummond de Andrade.)
      39. (   ) “Um olhar dessa pálpebra sombra.”
      (Álvares de Azevedo)
      40. (   ) “O arco-íris saltou como serpente multicolor nessa piscina de desenhos delicados. “ (Cecília Meireles)
      Nos exercícios de números 41 a 50, faça a associação de acordo com o seguinte código:
      a) ironia d) paradoxo
      b)eufemismo e) hipérbole
      c) antítese f) gradação
      41. (   ) “Na chuva de cores
      Da tarde que explode
      A lagoa brilha (Carlos Drummond de Andrade)
      42. (   ) “Nasce o sol, e não dura mais que um dia.
      Depois de luz, se segue a noite escura,
      Em tristes sombras morre a formosura
      Em contínuas tristezas, a alegria.”
      (Gregório de Matos)
      43. (   ) “Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na
      véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. “(Machado de Assis)
      44. (   ) “Todo sorriso é feito de mil prantos,
      toda vida se tece de mil mortes.”( Carlos de Laet)
      45. (   ) “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.”
      (Monteiro Lobato)
      46. (   ) “Residem juntamente no teu peito
      Um demônio que ruge e um deus que chora.”
      (Olavo Bilac)
      47. (   ) “Quando a indesejada das gentes chegar.”
      (Manuel Bandeira)
      48. (   ) “Voando e não remando, lhe fugiram. “
      (Camões)
      49. (   ) “O dinheiro é uma força tremenda, onipotente, assombrosa.” ( Olavo Bilac)
      50. (   ) “Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor.” (Mário de Andrade)
      Identifique nos textos abaixo os tipos de recursos expressivos que ocorrem.
      51. “Olha a bolha d’água
      no galho
      Olha o orvalho!” (Cecília Meireles)
      R.
      52. “Bomba atômica que aterra!
      Pomba atônita da paz!
      Pomba tonta, bomba atômica.” (Vinícius de Morais)
      R.
      53. “Belo belo belo.
      Tenho tudo quanto quero.” (Manuel Bandeira)
      R.
      54. “Não quero amar,
      Não quero ser amado,
      Não quero combater
      Não quero ser soldado.”(Manuel Bandeira)
      R.
      55. “Lá vem o vaqueiro, pelos atalhos,
      tangendo as reses para os currais...
      Blém... Blém... blém... cantam os chocalhos
      dos tristes bodes patriarcais.” (Ascenso Ferreira).
      R.
      56. “dúvida sombra
      Sem dúvida na sombra
      Na dúvida, sem sombra.” (Haroldo de Campos)
      R.
      57. “E fria, fluente, frouxa claridade
      Flutua como as brumas de um letargo....“ (Cruz e Souza)
      R.
      58. “A onda anda
      aonde anda
      a onda?
      a onde ainda
      ainda onda
      ainda onda
      aonde?
      aonde?
      a onda a onda.” (Manuel Bandeira)
      R.
      Estabeleça a correlação:
      a) assonância
      b) paronomásia
      c) onomatopéia
      d) aliteração
      59. (   ) “Se você gritasse
      Se você gemesse,
      se você tocasse
      a valsa vienense,
      se você dormisse
      se você cansasse
      se você morresse
      Mas você não morre,
      você é duro, José!” (Drummond)
      60. (   ) Rua
      torta,
      Lua
      morta.
      Tua
      porta.” (Cassiano Ricardo)
      61. (   ) “Diamante. Vidraça
      arisca, áspera asa risca
      o ar. E brilha. E passa.” (Guilherme de Almeida)
      62. (   ) “É pleno dia. O ar cheira a passarinho,
      O lábio se dissolve em açúcares breves.
      O zumbido da mosca embalança de sede.
      .... Assurbanipa!....”(Mário de Andrade)
      63. (   ) “Do amor morto motor da saudade
      (...)
      Divindade do duro totem futuro total” (Caetano Veloso)
      Nomeie as figuras encontradas nos exercícios abaixo:
      64. (   ) “Adeus: vamos para a frente,
      recuando de olhos acesos.” (Drummond)
      R.
      65. “Plantava tudo que era verdura, que ficavam velhas no chão. “(José Lins do Rego)
      R.
      66 “A igreja era grande e pobre. Os altares, humildes.” (Carlos Drummond de Andrade)
      R.
      67. “Algumas janelas, aqui e ali, continuam acesas, esquecidas da noite que se foi.”( Fernando Sabino)
      R.
      68. “- Ninguém não vê nem um pé de cana.” (J. Lins do Rego)
      R.
      69. “E o olhar estaria ansioso esperando
      e a cabeça ao saber da mágoa balançando
      e o coração fugindo e o coração voltando
      e os minutos passando e os minutos passando...”
      (Vinícius de Morais)
      R.
      70. “E os sessenta milhões de brasileiros falamos e escrevemos de inúmeras maneiras a língua que nos deu Portugal.”
      (Raquel de Queirós)
      R.
      71. “Guardei na memória pedaços de conversas.”
      (Graciliano Ramos)
      R,.
      72. “Essas que ao vento vêm
      Belas chuvas de junho!” (Joaquim Cardoso)
      R.
      73. “Foi por ti que num sonho de ventura
      a flor da mocidade consumi.” (Álvares de Azevedo)
      R.
      .
      Identificar nos textos abaixo as figuras presentes nas frases:
      74. (   ) “A casa tem muitas gavetas
      e papéis, escadas compridas.
      Quem sabe a malícia das coisas
      quando a matéria se aborrece?” (Drummond)
      a) antítese b) assíndeto c) prosopopéia d) catacrese
      e) comparação.
      75. (   ) “Senhora, partem tão tristes
      meus olhos por vós, meu bem,
      que nunca tão tristes vistes
      outros nenhum por ninguém.” (Camões)
      a) metáfora e sinestesia
      b) silepse e catacrese
      c) catacrese e comparação
      d) anáfora e hipérbole
      e) hipérbato e sinédoque
      76. (   ) “O préstito passando
      Bando de clarins em cavalos fogosos
      Utiaritis aritis assoprando cometas sagradas
      Fanfarras fanfarrans
      fenferrens
      finfirrins
      forrobodó de cuia.” (Mário de Andrade)
      a) aliteração e metáfora
      b) comparação e silepse
      c) onomatopéia e aliteração
      d) onomatopéia e metáfora
      e) prosopopéia e comparação
      Relacione as figuras de palavras:
      a) sinestesia d) metonímia
      b) catacrese e) sinédoque
      c) metáfora f) comparação
      77. (   ) “Deixe em paz meu coração
      Que ele é um pote até aqui de mágoa.”(Chico Buarque)
      78. (   ) “... como um lustro de seda dentro de um confuso montão de trapos de chita.” (Raquel de Queirós)
      79. (   ) “Por uma única janela envidraçada, entravam claridades cinzentas e surdas, sem sombras.” (Clarice Lispector)
      80. (   ) Folheada, a folha de um livro retoma....”
      (João Cabral de Melo Neto)
      81. (   ) “Navegam fome e cansaço nas profundezas do rio.” (Mauro Mota).
      82. (   ) “A cidadezinha está calada, entrevada.” (Carlos Drummond de Andrade)
      Relacione as figuras de construção:
      a) silepse de gênero f) anáfora
      b) elipse g) pleonasmo
      c) zeugma h) hipérbato
      d) assíndeto i) anacoluto
      e) polissíndeto j) silepse de número
      l) silepse de pessoa
      83. (   ) “Política, Samuel não discutia.” (Carlos Drummond de Andrade)
      84. (   ) “Eu, parece-me que sim; pelo menos nada conheço, que se lhe aparente.” (Mário de Sá Carneiro)
      85. (   ) “Vossa Senhoria pode ficar descansado; não digo nada; cá estou para outras.”( Machado de Assis)
      86. (   ) “Os outros reparos, aceitei-os todos.”
      (Mário de Andrade)
      87. (   ) “Entramos os cinco, em fila, na sacristia escura.”
      (Carlos Drummond de Andrade)
      88. (   ) “Ama, e treme, e delira, e voa, e foge e engana.”
      (Alberto de Oliveira)
      89. (   ) “- E o povo de Marvalha? perguntava ele aos canoeiros.
      - Estão em São Miguel.” (José Lins do Rego)
      90. (   ) “Tenho certeza que fala de amor.”(Otto Lara Resende).
      91. (   ) “noite sem lua, concha sem pérola”( Guimarães Rosa).
      92. (   ) “Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere.”( Vieira)
      93. (   ) “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro,pegando-se, apertando-se, fundindo-se.” (Machado de Assis)
      Relacione as figuras de pensamento:
      a) antítese
      b) paradoxo
      c) ironia
      d) eufemismo
      e) hipérbole
      f) gradação
      g) prosopopéia ou personificação
      apóstrofe
      94. (   )“Parece que toda cidade precisava ter um louco na rua para chamar o povo à razão.” (José J Veiga)
      95. (   )“E me beija com alma e fundo/ até minh’alma se sentir beijada...” (Chico Buarque)
      96. (   ) “Holanda defenderá a verdade de vossos sacra-mentos. Holanda edificará templos, Holanda levantará altares...” (Vieira)
      97. (   )“As florestas ergueram os braços peludos.” (Raul Bopp)
      98. (   ) “Colombo, fecha a porte dos teus mares.” (Castro Alves)
      99. (   ) “Tendes a volúpia suprema da vaidade, qu é a vaidade da modéstia.” (Machado de Assis)
      100. (   ) “Gente que nasceu, amou, sofreu aqui.” (Fernan-do Brandt)
      101. (   ) “E pela paz derradeira que enfim vai nos redi-mir. Deus lhe pague.” (Chico Buarque)
      Relacione as figuras de som:
      a) aliteração
      b) assonância
      c) paronomásia
      d) onomatopeia
      102. (   ) “Leis perfeitos seus peitos direitos
      me olham assim
      fino menino me inclino
      pro lado do sim
      rapte-me adapte-me capte-me coração.”
      (Caetano Veloso)
      103.(   ) “Plunct, plact, zum, você não vai a lugar ne-nhum.” (Raul Seixas)
      104, (   ) “Toda gente homenageia Januária na janela.”
      (Chico Buarque)
      105. (   ) “Há um pinheiro estático e extático.” (Rubem Braga)

Exercícios de figuras de linguagem:

1)   Identifica as figuras de linguagem:
a) O planalto exigiu explicações do deputado.
b)  Alagada alameda Alabama.
c)  Vestia-se como uma louca.
d)  “ A gente somos inútil”
e)  “... que não seja imortal, posto que é chama.”
f)   A asa da xícara e o bico da chaleira ficaram danificados depois da limpeza.
g)  Estou morto de fome, chego em casa e fico roxo de raiva se não há o que comer.
h)  Roubou, matou, traficou e ficou em pune: era um santo aquele homem.
i)   Sindicato prepara mobilização para amanhã.
j)   Os anões do orçamento exigiram propina.
k)  Polícia procura PC, PC é procurado pela polícia.
l)   Aquele homem tem o mundo em suas mãos.
m)  Fórum realiza desfile na Sogipa.
n)  Tua história lembra-me um dramalhão mexicano.
o)  A educação é o princípio e o fim do desenvolvimento.
p)  Os brasileiros somos um povo hospitaleiro.
q)  Seus olhos eram raio de sol que atravessavam a superfície da janela.

01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada:

a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese


02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:

a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.


03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.


04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número


05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?

a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)


06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:

a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.


07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:

I.   "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."

II.  "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."

III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."

IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.

 
08.
(FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:

a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana)
e) N.d.a.

                         
09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.


10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."

11.Nos versos: "Deixa em paz meu coração/que ele é um pote até aqui de mágoa" verifica-se a seguinte figura de linguagem:
A)comparação
B) hipérbole
C) metáfora
D) metonímia 

12. Na expressão “a natureza parece estar chorando”, do ponto de vista estilístico, temos:
A) antítese
B) eufemismo
C) personificação
D) ironia

13. Analise a publicidade abaixo.




Quanto a o uso da conotação no texto, temos que ela é representada por:
A) imagens metafóricas evidenciadas pela representação dos atores sociais por lâmpadas.
B) imagens hiperbólicas representadas pela quantidade de lâmpadas.
C) imagens eufemísticas já que, ao serem apagadas, as lâmpadas sintetizam o que ocorre com aqueles que não leem.
D) transposição metonímica já que as pessoas são simbolizadas através das lâmpadas.



14. Leia e interprete os quadrinhos a seguir.

                                          



      



FIGURAS DE LINGUAGEM EXERCÍCIOS 2

1) A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:
a) prosopopeia – aliteração.
b) metáfora – gradação.
c) hipérbole – antítese.
d) aliteração – personificação.
e) metonímia – assíndeto.

2) Fei – Assinalar a alternativa correta, correspondente às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma

3) Fei – Assinalar a alternativa que contém as figuras de linguagem correspondentes aos períodos a seguir:
I. “Está provado, quem espera nunca alcança”.
II. “Onde queres o lobo sou o irmão”.
III. Ele foi discriminado por sofrer de uma doença contagiosa muito falada atualmente.
IV. Ela quase morreu de tanto estudar para o vestibular.
a) ironia – antítese – eufemismo – hipérbole
b) eufemismo – ironia – hipérbole – antítese
c) antítese – hipérbole – ironia – eufemismo
d) hipérbole – eufemismo – antítese – ironia
e) ironia – hipérbole – eufemismo – antítese

PUC – Leia o poema abaixo e responda:
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de águas disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Tu, que em um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo como passas bradamente,
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
4) No verso “Permitiu parecesse a chama fria.”, encontramos algumas figuras de linguagem. Uma delas é
a) o eufemismo.
b) o anacoluto.
c) o pleonasmo.
d) a elipse.
e) a anáfora.

5) Identifique as figuras de linguagem empregadas nas seguintes frases:
a) Esses livros, eu já os comprei.
b) O cheiro doce e verde do capim traziam recordações da fazenda.
c) O vento varreu o vale.
d) Ouviu-se um estalo seco.
e) Ela chorou um choro de alegria.

6) Identifique as figuras de linguagem que ocorrem nas frases a seguir:
a) “O mito é o nada que é tudo…”
b) Fitei-a longamente, fixando meu olhar na menina dos olhos dela.
c) O povo estourava de rir.

7) Identifique as figuras de linguagem marcando:
(1) Metáfora
(2) Metonímia
(3) Catacrese
(4) Comparação
(5) Prosopopeia
a) Gosto de ouvir Titãs.
b)A doçura do teu olhar é minha vida.
c) O rio engasgou num barraco.
d) Usarei no tempero um dente de alho.
e) Você é venenosa como uma cobra.

ITA – Leia o trecho abaixo e responda:
É terminantemente proibido animais circulando nas áreas comuns a todos, principalmente para fazerem suas necessidades fisiológicas no jardim do condomínio, onde pode por em risco a saúde das crianças que alí brincam descalças.
            (Extraído de um RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS da administração de um prédio.)

8) Assinale a opção que apresenta as figuras de linguagem presentes no texto:
a) Pleonasmo e eufemismo.
b) Metonímia e eufemismo.
c) Pleonasmo e polissíndeto.
d) Pleonasmo e metonímia.
e) Eufemismo e polissíndeto.
PUC – Leia o trecho abaixo e responda:
MAR PORTUGUÊS (Fernando Pessoa)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

9) No 1°  verso do poema, há a interpelação direta a um ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos. Assinale a alternativa que designe adequadamente as figuras de linguagem que expressam esses conceitos.
a) Metáfora e prosopopeia.
b) Metonímia e apóstrofe.
c) Apóstrofe e prosopopeia.
d) Redundância e metáfora.
e) Redundância e prosopopeia.

Considere os seguintes trechos de “A Hora da Estrela”:

Embora a moça anônima da história seja tão antiga que podia ser uma figura bíblica. Ela era subterrânea e nunca tinha tido floração. Minto: ela era capim.
Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra.

10) Neles predominam, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) inversão e hipérbole.
b) pleonasmo e oxímoro.
c) metáfora e antítese.
d) metonímia e metáfora.
e) eufemismo e antítese.

PUC - Quanto ao sentido figurado no texto, considere as três figuras abaixo relacionadas, cada uma identificada por uma de suas características mais genéricas:
I- eufemismo: suavização de uma palavra ou expressão;
II- metonímia: a parte pelo todo;
III- personificação: atribuição de vida, ação, movimento e voz a coisas inanimadas.

A seguir, observe os exemplos e os relacione com as figuras de linguagem:
(    ) “A bossa nova ficou mais triste.”
(    ) “Baden Powell deixou o mundo em saudade.”
(    ) “Powell tinha a arte na ponta dos dedos.”
11) A seqüência correta é:

a) III, I, II.
b) II, III, I.
c) III, II, I.
d) II, I, III.
e) I, III, II.

ITA – Leia o poema abaixo de Cecília Meireles:

Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio…
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas

Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas figuras. Observe:

I. “Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas entreabertas” ……………….. sinestesia
II. “e a cor que escorre dos meus dedos” …..metonímia
III. “o vento vem vindo de longe” …. aliteração
IV. “a noite se curva de frio” ………… personificação
V. “e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça” …….. polissíndeto

12) Considerando-se a relação verso/figura de linguagem, pode-se afirmar que
a) apenas I, II e III estão corretas.
b) apenas I, III e IV estão corretas.
c) apenas II está incorreta.
d) apenas I, IV e V estão corretas.
e) todas estão corretas.

ENEM – 2004


13) Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai.


FGV 2007 – Leia o fragmento abaixo e responda:
Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão desamparada que não principia nem também termina, e onde nunca é noite e nunca madrugada.
(Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. Eu, não.)

Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado “Destino”, uma espécie de profissão de fé da autora.

14) Considerando-se as figuras de linguagem utilizadas no texto, pode-se dizer que
a) as duas estrofes são uma metáfora de um pleno sentimento de paz.
b) o texto revela a antítese entre dois universos de atuação, com diferentes implicações.
c) há, nos versos, comparação entre atividades agrícolas e outras, voltadas à pecuária.
d) o verso “Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.” contém uma hipérbole.
e) as estrofes apresentam, em sentido figurado, a defesa da preservação das ocupações voltadas ao campo.

PUC 2007 – Leia o fragmento abaixo de Iracema e responda:

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado (…) Cedendo à meiga pressão, a virgem reclinou-se ao peito do guerreiro, e ficou ali trêmula e palpitante como a tímida perdiz (…) A fronte reclinara, e a flor do sorriso expandia-se como o nenúfar ao beijo do sol (…). Em torno carpe a natureza o dia que expira. Soluça a onda trépida e lacrimosa; geme a brisa na folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso. (…) A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite.

15) Os fragmentos anteriores constroem-se estilisticamente com figuras de linguagem, caracterizadoras do estilo poético de Alencar. Apresentam eles, dominantemente, as seguintes figuras:
a) comparações e antíteses.
b) antíteses e inversões.
c) pleonasmos e hipérboles.
d) metonímias e prosopopéias.
e) comparações e metáforas.

PUC 2007 – A propósito da passagem:

“Tanto que, na sua bebedeira auricular só conseguem entender as frases repetitivas da música pop. E, se esta nossa ‘civilização’ não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala – para que falar? Para que pensar? – ficaremos apenas no batuque: ‘Tan! tan!tan! tan! tan!’”

16) Nesse fragmento, Mario Quintana faz uso de figuras de linguagem. Indique duas.
a) Metáfora e sinestesia.

17) De que maneira a utilização dessas figuras contribui para estruturar a argumentação do autor sobre o tema?

18) Utilizando-se da metáfora, Mário Quintana compara o estado de quem se acha perturbado, zonzo, atordoado, por causa do barulho, com o estado de bebedeira de alguém que, nesta situação, também se mostra tonto, confuso, transtornado. Já a ironia destaca-se, por exemplo, quando o autor coloca a palavra civilização entre aspas para revelar que o homem, ao se acostumar com o barulho, perde a fala, o poder de pensar, o que o afasta da comunicação e, conseqüentemente, de uma vida civilizada. As perguntas e a exploração da onomatopéia – “Tan! tan! tan!tan! tan!” – também se apresentam como recursos reveladores da ironia


 FIGURAS DE LINGUAGEM EXERCÍCIOS 3

01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada:

a) metáfora     b) hipérbole     c) hipérbato    d) anáfora    e) antítese

02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente as figuras de linguagem:
a) metáfora e polissíndeto;     b) comparação e repetição;     c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;    e) anáfora e metáfora.

03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopeia e hipérbole;    b) hipérbole e metonímia;    c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;    e) metonímia e prosopopeia.

04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a  figura de linguagem chamada:
 a) silepse de pessoa     b) elipse     c) anacoluto    d) hipérbole    e) silepse de número

05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)

06.  (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.

07. (FIGURAS DE LINGUAGEM) (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;     b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;           d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.

08. (FIGURAS DE LINGUAGEM) (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana)
e) N.d.a.

09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.  b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.  d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

10. (EXERCÍCIOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM) (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."  b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."                                 d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."




 11.Nos versos: "Deixa em paz meu coração/que ele é um pote até aqui de mágoa" verifica-se a seguinte figura de linguagem: 
A)comparação
B) hipérbole
C) metáfora
D) metonímia 

12. Na expressão “a natureza parece estar chorando”, do ponto de vista estilístico, temos:
A) antítese
B) eufemismo
C) personificação
D) ironia

13. Analise a publicidade abaixo.




Quanto a o uso da conotação no texto, temos que ela é representada por:
A) imagens metafóricas evidenciadas pela representação dos atores sociais por lâmpadas.
B) imagens hiperbólicas representadas pela quantidade de lâmpadas.
C) imagens eufemísticas já que, ao serem apagadas, as lâmpadas sintetizam o que ocorre com aqueles que não leem.
D) transposição metonímica já que as pessoas são simbolizadas através das lâmpadas.







14. Leia e interprete os quadrinhos a seguir.



FIGURAS DE LINGUAGEM EXERCÍCIOS 2

1) A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:
a) prosopopéia – aliteração.
b) metáfora – gradação.
c) hipérbole – antítese.
d) aliteração – personificação.
e) metonímia – assíndeto.

2) Fei – Assinalar a alternativa correta, correspondente às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma

3) Fei – Assinalar a alternativa que contém as figuras de linguagem correspondentes aos períodos a seguir:
I. “Está provado, quem espera nunca alcança”.
II. “Onde queres o lobo sou o irmão”.
III. Ele foi discriminado por sofrer de uma doença contagiosa muito falada atualmente.
IV. Ela quase morreu de tanto estudar para o vestibular.
a) ironia – antítese – eufemismo – hipérbole
b) eufemismo – ironia – hipérbole – antítese
c) antítese – hipérbole – ironia – eufemismo
d) hipérbole – eufemismo – antítese – ironia
e) ironia – hipérbole – eufemismo – antítese

PUC – Leia o poema abaixo e responda:
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de águas disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Tu, que em um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo como passas bradamente,
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
4) No verso “Permitiu parecesse a chama fria.”, encontramos algumas figuras de linguagem. Uma delas é
a) o eufemismo.
b) o anacoluto.
c) o pleonasmo.
d) a elipse.
e) a anáfora.

5) Identifique as figuras de linguagem empregadas nas seguintes frases:
a) Esses livros, eu já os comprei.
b) O cheiro doce e verde do capim traziam recordações da fazenda.
c) O vento varreu o vale.
d) Ouviu-se um estalo seco.
e) Ela chorou um choro de alegria.

6) Identifique as figuras de linguagem que ocorrem nas frases a seguir:
a) “O mito é o nada que é tudo…”
b) Fitei-a longamente, fixando meu olhar na menina dos olhos dela.
c) O povo estourava de rir.

7) Identifique as figuras de linguagem marcando:
(1) Metáfora
(2) Metonímia
(3) Catacrese
(4) Comparação
(5) Prosopopéia
a) Gosto de ouvir Titãs.
b)A doçura do teu olhar é minha vida.
c) O rio engasgou num barraco.
d) Usarei no tempero um dente de alho.
e) Você é venenosa como uma cobra.

ITA – Leia o trecho abaixo e responda:
É terminantemente proibido animais circulando nas áreas comuns a todos, principalmente para fazerem suas necessidades fisiológicas no jardim do condomínio, onde pode por em risco a saúde das crianças que alí brincam descalças.
            (Extraído de um RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS da administração de um prédio.)

8) Assinale a opção que apresenta as figuras de linguagem presentes no texto:
a) Pleonasmo e eufemismo.
b) Metonímia e eufemismo.
c) Pleonasmo e polissíndeto.
d) Pleonasmo e metonímia.
e) Eufemismo e polissíndeto.
PUC – Leia o trecho abaixo e responda:
MAR PORTUGUÊS (Fernando Pessoa)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

9) No 1°  verso do poema, há a interpelação direta a um ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos. Assinale a alternativa que designe adequadamente as figuras de linguagem que expressam esses conceitos.
a) Metáfora e prosopopeia.
b) Metonímia e apóstrofe.
c) Apóstrofe e prosopopeia.
d) Redundância e metáfora.
e) Redundância e prosopopeia.

Considere os seguintes trechos de “A Hora da Estrela”:

Embora a moça anônima da história seja tão antiga que podia ser uma figura bíblica. Ela era subterrânea e nunca tinha tido floração. Minto: ela era capim.
Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra.

10) Neles predominam, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) inversão e hipérbole.
b) pleonasmo e oxímoro.
c) metáfora e antítese.
d) metonímia e metáfora.
e) eufemismo e antítese.

PUC - Quanto ao sentido figurado no texto, considere as três figuras abaixo relacionadas, cada uma identificada por uma de suas características mais genéricas:
I- eufemismo: suavização de uma palavra ou expressão;
II- metonímia: a parte pelo todo;
III- personificação: atribuição de vida, ação, movimento e voz a coisas inanimadas.

A seguir, observe os exemplos e os relacione com as figuras de linguagem:
(    ) “A bossa nova ficou mais triste.”
(    ) “Baden Powell deixou o mundo em saudade.”
(    ) “Powell tinha a arte na ponta dos dedos.”
11) A seqüência correta é:

a) III, I, II.
b) II, III, I.
c) III, II, I.
d) II, I, III.
e) I, III, II.

ITA – Leia o poema abaixo de Cecília Meireles:

Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio…
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas

Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas figuras. Observe:

I. “Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas entreabertas” ……………….. sinestesia
II. “e a cor que escorre dos meus dedos” …..metonímia
III. “o vento vem vindo de longe” …. aliteração
IV. “a noite se curva de frio” ………… personificação
V. “e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça” …….. polissíndeto

12) Considerando-se a relação verso/figura de linguagem, pode-se afirmar que
a) apenas I, II e III estão corretas.
b) apenas I, III e IV estão corretas.
c) apenas II está incorreta.
d) apenas I, IV e V estão corretas.
e) todas estão corretas.

ENEM – 2004


13) Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai.


FGV 2007 – Leia o fragmento abaixo e responda:
Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão desamparada que não principia nem também termina, e onde nunca é noite e nunca madrugada.
(Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. Eu, não.)

Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado “Destino”, uma espécie de profissão de fé da autora.

14) Considerando-se as figuras de linguagem utilizadas no texto, pode-se dizer que
a) as duas estrofes são uma metáfora de um pleno sentimento de paz.
b) o texto revela a antítese entre dois universos de atuação, com diferentes implicações.
c) há, nos versos, comparação entre atividades agrícolas e outras, voltadas à pecuária.
d) o verso “Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.” contém uma hipérbole.
e) as estrofes apresentam, em sentido figurado, a defesa da preservação das ocupações voltadas ao campo.

PUC 2007 – Leia o fragmento abaixo de Iracema e responda:

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado (…) Cedendo à meiga pressão, a virgem reclinou-se ao peito do guerreiro, e ficou ali trêmula e palpitante como a tímida perdiz (…) A fronte reclinara, e a flor do sorriso expandia-se como o nenúfar ao beijo do sol (…). Em torno carpe a natureza o dia que expira. Soluça a onda trépida e lacrimosa; geme a brisa na folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso. (…) A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite.

15) Os fragmentos anteriores constroem-se estilisticamente com figuras de linguagem, caracterizadoras do estilo poético de Alencar. Apresentam eles, dominantemente, as seguintes figuras:
a) comparações e antíteses.
b) antíteses e inversões.
c) pleonasmos e hipérboles.
d) metonímias e prosopopeias.
e) comparações e metáforas.

PUC 2007 – A propósito da passagem:

“Tanto que, na sua bebedeira auricular só conseguem entender as frases repetitivas da música pop. E, se esta nossa ‘civilização’ não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala – para que falar? Para que pensar? – ficaremos apenas no batuque: ‘Tan! tan!tan! tan! tan!’”

16) Nesse fragmento, Mario Quintana faz uso de figuras de linguagem. Indique duas.
a) Metáfora e sinestesia.

17) De que maneira a utilização dessas figuras contribui para estruturar a argumentação do autor sobre o tema?

18) Utilizando-se da metáfora, Mário Quintana compara o estado de quem se acha perturbado, zonzo, atordoado, por causa do barulho, com o estado de bebedeira de alguém que, nesta situação, também se mostra tonto, confuso, transtornado. Já a ironia destaca-se, por exemplo, quando o autor coloca a palavra civilização entre aspas para revelar que o homem, ao se acostumar com o barulho, perde a fala, o poder de pensar, o que o afasta da comunicação e, conseqüentemente, de uma vida civilizada. As perguntas e a exploração da onomatopeia – “Tan! tan! tan!tan! tan!” – também se apresentam como recursos reveladores da ironia


                                                                                                                                      BOM ESTUDO!