AULA DE GRAMÁTICA

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."( Clarice Lispector)

1º anos   ( 1º BIMESTRE )

Funções da Linguagem e Comunicação

 

1- Linguagem
   É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.
Tipos de Linguagem

A linguagem pode ser
:
Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.


Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.


 

 



Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:

Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.

Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.

Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.

Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.

Fala
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de  conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa. 
Níveis da fala
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns níveis:
Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utiizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.
Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.
Signo
signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra cachorro, reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo cachorro. Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo cachorro e também se encontra armazenado em nossa memória.
Ao empregar os signos que formam a nossa língua, devemos obedecer às regras gramaticais convencionadas pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o artigo indefinido um diante do signocachorro, formando a sequência um cachorro, o mesmo não seria possível se quiséssemos colocar o artigouma diante do signo cachorro. A sequência uma cachorro contraria uma regra de concordância da língua portuguesa, o que faz com que essa sentença seja rejeitada. Os signos que constituem a língua obedecem a padrões determinados de organização. O conhecimento de uma língua engloba tanto a identificação de seus signos, como também o uso adequado de suas regras combinatórias.
signo = significado (é o conceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata do signo) + significante (é a imagem sonora, a forma, a parte concreta do signo, suas letras e seus fonemas)

Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem às regras gramaticais.
Signo: elemento representativo que possui duas partes indissolúveis:  significado e significante.
Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento da liberdade de expressão e compreensão.


Idioma é um termo referente à língua usado para identificar uma nação em relação às demais e está relacionado à existência de um estado político. Por isso, espanhol é um idioma, mas o basco, não, e o português é uma língua e um idioma. Ou seja, o idioma sempre está vinculado à língua oficial de um país. 

Dialeto é a designação para variedades linguísticas, que podem ser regionais (como o português falado em Recife e o champanhês, falado na região francesa de Champanhe, com seus sotaques e suas expressões particulares) ou sociais (o português falado pelos economistas, com jargões).








2- Significação das Palavras
Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:
Sinônimos
As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimosExemplos:





casa - lar - moradia - residência
longe - distante
delicioso - saboroso
carro - automóvel

Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.
Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase:





Comprei um novo lar.
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.
Antônimos
São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:






mal / bem
ausência / presença
fraco /  forte
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível

Polissemia
Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:


cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)
banco (instituição comercial financeira, assento)
manga (parte da roupa, fruta)

As funções da linguagem apontam o direcionamento da mensagem para um ou mais elementos do circuito da 
comunicação.
Qualquer produção discursiva, linguística (oral ou escrita) ou extralinguística (pintura, música, fotografia, propaganda, cinema, teatro etc.) apresenta funções da linguagem.

Variações Linguísticas

Antigamente 

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. 
                           Carlos Drummond de Andrade
Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões que já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.

Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?
Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por “mina”, “gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”, e assim por diante.

Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude de vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.

Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:

Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia, agora, farmácia.

Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.

Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais específica, como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.

Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas palavras do poeta Oswald de Andrade:
Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.



Oswald de Andrade
Resultado de imagem para linguagem coloquial e culta

Linguagem coloquial e culta 

O que determina os níveis de fala? Os dois grandes níveis de fala, o coloquial e o culto, são determinados pela cultura e pela formação escolar dos falantes, pelo grupo social a que eles pertencem e pela situação concreta em que a língua é utilizada. Um falante adota modos diferentes de falar dependendo das circunstâncias em que se encontra: conversando com amigos, expondo um tema histórico na sala de aula ou dialogando com colegas de trabalho. 
Nível culto  : O nível culto é utilizado em ocasiões formais. É uma linguagem mais obediente às regras gramaticais da norma culta. O nível culto segue a língua padrão, também chamada norma culta ou norma padrão
Nível coloquial O nível coloquial ou popular é utilizado na conversação diária, em situações informais, descontraídas. É o nível acessível a qualquer falante e se caracteriza por expressividade afetiva, conseguida pelo emprego de diminutivos, aumentativos, interjeições e expressões populares: 
  • Gíria  É uma variante da língua, falada por um grupo social ou etário. É a fala mais variável de todas, pois as expressões entram e saem 'da moda' com muita frequência, sendo substituídas por outras. Algumas se incorporam ao léxico, dando origem a palavras derivadas. É o caso de dedo-duro, que deu origem a dedurar.
  • Variedades geográficas ou diatópicas :São as variantes de uma mesma língua que identificam o falante com sua origem tradicional. Podemos distinguir entre elas: • Dialetos: variantes da língua comum utilizadas num espaço geográfico delimitado. 
  • O dialeto: é o resultado da transformação regional de uma língua nacional (o idioma). O açoriano e o madeirense, por exemplo, são dialetos do português. Algumas línguas têm uma origem histórica comum, mas por razões políticas ou econômicas uma delas ganhou status de língua, enquanto outras permaneceram como dialetos. As línguas românicas eram dialetos do latim.  

Falares: modalidades regionais de uma língua cujas variações não são suficientes para caracterizar um dialeto. Às vezes, são apenas algumas palavras ou expressões ou mesmo certos tipos de construção de frases. A esse uso regional da língua também dá-se o nome de regionalismo. 

Elementos da comunicação 

Ao elaborarmos uma redação, precisamos ter em mente que estamos escrevendo para alguém. Enquanto a redação literária destina-se à publicação em jornal, livro ou revista, e seu público é geralmente heterogêneo, a redação para vestibular tem em vista selecionar os candidatos cuja habilidade discursiva toma-os aptos a ingressar na vida acadêmica.
Seja um texto literário ou escolar, a redação sempre apresenta alguém que o escreve, o emissor, e alguém que o lê, o receptor. O que o emissor escreve é a mensagem. O elemento que conduz o discurso para o receptor é o canal (no nosso caso, o canal é o papel). Os fatos, os objetos ou imagens, os juízos ou raciocínios que o emissor expõe ou sobre os quais discorre constituem o referente. A língua que o emissor utiliza (no nosso caso, obrigatoriamente, a língua portuguesa) constitui o código.
Assim, através de um canal, o emissor transmite ao receptor, em um código comum, uma mensagem, que se reporta a um contexto ou referente.
Nesse mecanismo, temos:
Num CONTEXTO,
EMISSOR (codificador) elabora uma MENSAGEM,
através de um CÓDIGO,
veiculada por um CANAL
para um RECEPTOR (decodificador).

SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO

Significante e  significado

O signo linguístico ( palavra) é composto de duas partes chamadas SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
1.   Significante: parte física da palavra( grafia + som).
2.   Significado: conceito transmitido pelo significante. 
Exemplo:
Observe que a mulher a charge não sabe o significado de "recíproco"; assim temos o signicante RECÍPROCO , cujo significado não é mencionado, mas sabemos que é "igualmente"
Podemos ter um significante com mais de um significado.Nesse caso, temos polissemia da linguagem( poli= vários; semia= significado)

Manga: fruto da mangueira.
Manga: parte de uma peça de roupa.

Salsa: tipo de tempero
Salsa: tipo de dança

 Embora significante e significado dependam um do outro para existir (são como os dois lados da mesma moeda  )  significante e significado  não apresentam relação lógica entre si, principalmente em relação ao som.

Funções da linguagem

A ênfase num elemento do circuito de comunicação determina a função de linguagem que lhe corresponde:
ELEMENTO          FUNÇÃO
contexto       →    referencial emissor       →     emotiva receptor       →    conativa canal                fática mensagem   →     poética código         →   metalinguística
Cada um desses seis elementos determina uma função de linguagem. Raramente se encontram mensagens em que haja apenas uma; na maioria das vezes o que ocorre é uma hierarquia de funções em que predomina ora uma, ora outra. Observe este trecho:
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário. 
(Carlos Drummond de Andrade)
No exemplo acima, predomina a função  metalinguística (volta-se para a própria produção discursiva) e a poética (produz efeito estético através da linguagem metafórica); porém, menos evidentes, aparecem as funções referencial (evidencia o assunto) e emotiva (revela emoções do emissor).
A classificação das funções da linguagem depende das relações estabelecidas entre elas e os elementos do circuito da comunicação. Esquematicamente, temos:


Resultado de imagem para função referencialElementos da comunicação



Função referencial ou denotativaResultado de imagem para função referencial

Resultado de imagem para função referencial

Certamente a mais comum e mais usada no dia-adia, a função referencial ou informativa, também chamada denotativa ou cognitiva, privilegia o contexto. Ela evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. Faz referência a um contexto, ou seja, a uma informação sem qualquer envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe. Não há preocupação com estilo; sua intenção é unicamente informar. E a linguagem das redações escolares, principalmente das .dissertações, das narrações não- fictícias e das descrições objetivas. Caracteriza também o discurso científico, o jornalístico e a correspondência comercial. 
Exemplo:
Todo brasileiro tem direito à aposentadoria. Mas nem todos têm direitos iguais. Um milhão e meio de funcionários públicos, aposentados por regimes especiais, consomem mais recursos do que os quinze milhões de trabalhadores aposentados pelo INSS. Enquanto a média dos benefícios aos aposentados do INSS é de 2,1 salários mínimos, nos regimes especiais tem gente que ganha mais de 100 salários mínimos. 
(Programa Nacional de Desestatização)


Função emotiva ou expressiva


Quando há ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes, temos a função emotiva, também chamada expressiva ou de exteriorização psíquica. Ela é lingüisticamente representada por interjeições, adjetivos, signos de pontuação (tais como exclamações, reticências) e agressão verbal (insultos, termos de baixo calão), que representam a marca subjetiva de quem fala. Exemplo:
Oh? como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias? 

(Vinícius de Moraes)
Observe que em “Luís, você é mesmo um burro!”, a frase perde seu caráter informativo (já que Luís não é uma pessoa transformada em animal) e enfatiza o emotivo, pois revela o estado emocional do emissor..
As canções populares amorosas, as novelas e qualquer expressão artística que deixe transparecer o estado emocional do emissor também pertencem à função emotiva. Exemplos:
E aí me dá uma inveja dessa gente... 
(Chico Buarque)
Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo em sua vida
Eu vou viver 

(Roberto Carlos & Erasmo Carlos)
Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fl1mando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver E sinto que um dia na primavera é que vou morrer De amor pungente e coração enfraquecido
(Clarice Lispector)


Função conativa ou de apelo

Resultado de imagem para funções da linguagem

função conativa é aquela que busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem. Pode ser volitiva, revelando assim uma vontade (“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou imperativa, que é a característica fundamental da propaganda. Encontra no vocativo e no imperativo sua expressão gramatical mais autêntica. Exemplos:
Antônio, venha cá! 

Compre um e leve três. 

Beba Coca-Cola. 

Se o terreno é difícil, use uma solução inteligente: 

Mercedes-Benz.


Função fática Resultado de imagem para funções da linguagem


Se a ênfase está no canal, para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes,temos a função fática. Nas fórmulas ritualizadas da comunicação, os recursos fáticos são comuns. Exemplos:
Bom-dia!
Oi, tudo bem?
Ah, é!
Huin... hum...
Alô, quem fala?
Hã, o quê?
Observe os recursos fáticos que, embora característicos da linguagem oral, ganham expressividade na música:
Alô, alô marciano
Aqui quem fala é da Terra. 

(Rita Lee & Roberto de Carvalho)
Blá, Blá, Blá, Blá, Blá
Blá, Blá, Blá, Blá
Ti, Ti, Ti, Ti, Ti,
Ti, Ti, Ti, Ti
Tá tudo muito bom, bom!
Tá tudo muito bem, bem! 

(Evandro Mesquita)
Atente para o fato de que o uso excessivo dos recursos fáticos denota carência vocabular, já que des
 titui a mensagem de carga semântica, mantendo apenas a comunicação, sem traduzir informação. Exemplo:
— Você gostou dos contos de Machado?
— Só, meu. Valeu.


Função metalinguística

Resultado de imagem para função metalinguistica
A função metalinguística visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele linguístico (a escrita ou a oralidade), seja extralinguístico (música, cinema, pintura, gestualidade etc. — chamados códigos complexos). Assim, é a mensagem que fala de sua própria produção discursiva. Um livro convertido em filme apresenta um processo de metalinguagem, uma pintura que mostra o próprio artista executando a tela, um poema que fala do ato de escrever, um conto ou romance que discorre sobre a própria linguagem etc. são igualmente metalingüísticos. O dicionário é metalingüístico por excelência. Exemplos:
— Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, Seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia. 
(Graciliano Ramos)
Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. 
(Carlos Drummond de Andrade)

A palavra é o homem mesmo, Estamos feitos de palavras. Elas são a única realidade ou, ao menos, o único testemunho de nossa realidade. 

(Octávio Paz)
“Anuncie seu produto: a propaganda é a arma do negócio.” Nesse exemplo, temos a função metalingüística (a propaganda fala do ato de anunciar), a conativa (a expressão aliciante do verbo anunciar no imperativo) e a poética (na renovação de um clichê, conferindo-lhe um efeito especial).


Função poética

Quando a mensagem se volta para seu processo de estruturação, para os seus próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético, através de desvios da norma ou de combinatórias inovadoras da linguagem, temos a função poética, que pode ocorrer num texto em prosa ou em verso, ou ainda na fotografia, na música, no teatro, no cinema, na pintura, enfim, em qualquer modalidade discursiva que apresente uma maneira especial de elaborar o código, de trabalhar a palavra. Exemplos:

Que não há forma de pensar ou crer
De imaginar sonhar ou de sentir
Nem rasgo de loucura
Que ouse pôr a alma humana frente a frente                    
Com isso que uma vez visto e sentido
Me mudou, qual ao universo o sol
Falhasse súbito, sem duração
No acabar...                  
Fernado Pessoa
Resultado de imagem para função poeticaResultado de imagem para função poetica

Observe, entretanto, que o discurso desviatório necessita de um contexto para produzir sensação estética, como no poema abaixo, cujo nonsense é altamente poético no contexto de Alice no País das Maravilhas:
Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!
Ele se ria jubileu.
Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relvian nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas
E os momirratos davam grilvos. 

(Lewis Carrol, traduzido por Augusto de Campos.)
 Renan Bardine
 


3º anos
  A estrutura do período.
  • Objetivos:
    • Diferenciar frase, oração e período.
    • Reconhecer a importância dos processos de coordenação e de subordinação no processamento textual.
    • Praticar a estruturação do período, observando-se a relação lógico-semântica estabelecida entre os diferentes segmentos que o compõem.
  • Relação com a aula anterior: os segmentos que compõem o período estabelecem entre si relações lógico-semânticas, cujo reconhecimento e cuja compreensão contribuem para a construção do sentido global do texto.
  • Relação com a aula seguinte: A formação e a articulação dos períodos são responsáveis pela constituição do parágrafo.
    FRASE: qualquer enunciado com sentido completo.
  • “Oscar 2004! Marta leva melhor maquiagem!” (José Simão. Folha de São Paulo – 03/03/04)
    • “Oscar 2004!”: frase nominal.
    • “Marta leva melhor maquiagem!”: frase verbal.


    ORAÇÃO: frase ou parte de uma frase que se estrutura em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Geralmente, é composta de dois elementos básicos: o sujeito e o predicado.
  • “PT cobra mudanças na economia.” (Folha de São Paulo – 06/03/04)
  • “Marte teve água e foi habitável, diz Nasa.” (Folha de São Paulo – 03/03/04)

    PERÍODO: é a frase que se estrutura em torno de uma ou mais orações. Pode ser simples ou composto.
  • “Cresce a demanda por seguros que cobrem processos contra executivos.” (Exame – 17/03/04)
  • “Avião de Lula consome 75% dos investimentos da União. No ano da “virada”, governo gasta R$ 46,9 milhões com parcela de Airbus” (Folha de São Paulo – 14/03/04)

  • A oração precisa de verbo ou de locução verbal, mas, mesmo assim, nem sempre tem sentido completo. Por isso, nem toda oração é uma frase.
  • A frase não precisa ter verbo, mas precisa ter sentido completo. Por isso, nem toda frase é uma oração.
  • Há frases com duas ou mais orações, visto que, separadas, não possuem sentido completo.
  • Um período é composto de uma ou mais orações.
  • Período simples é aquele que contém apenas uma oração, isto é, contém apenas um núcleo verbal.
  • Período composto é aquele que contém mais de uma oração, isto é, contém mais de um núcleo verbal
  • O número de núcleos verbais é igual ao número de orações.

  • Um período pode ser composto por coordenação e/ou por subordinação.
  • O período composto por coordenação contém orações independentes, que podem, com freqüência, ser separadas em períodos simples.
  • O período composto por subordinação contém orações interdependentes, que dificilmente podem ser separadas em períodos simples.
    PERÍODO COMPOSTO
  • O processo de coordenação se dá por paralelismo ou relativa independência entre as orações. Relativa porque, se há a independência sintática, muitas vezes não há independência semântica.
  • O processo de subordinação caracteriza-se por não haver paralelismo entre as orações, mas desigualdade de funções e variedades sintáticas.
    PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
  • “Atleta obtém prata inédita no salto, ganha por 0,025 ponto no solo e coroa melhor participação do Brasil na Copa.” (Folha de São Paulo – 15/03/04)
  • Atleta obtém prata inédita no salto,
  • (Atleta) ganha por 0,025 ponto no solo
  • e (atleta) coroa melhor participação do Brasil na Copa.
    PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
  • “Em depoimento, empresário do jogo afirma que ex-assessor de Dirceu usou telefone do Palácio para convocar reunião com GTech.” (Folha de São Paulo – 15/03/04)
  • Em depoimento, empresário do jogo afirma
  • que ex-assessor de Dirceu usou telefone do Palácio
  • para convocar reunião com GTech.
    PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E POR SUBORDINAÇÃO
  • “Lula afirma que vai mexer e fazer ajustes no governo.” (Folha de São Paulo – 15/03/04)
  • Lula afirma
  • que (Lula) vai mexer (no governo)
  • e (Lula) (vai) fazer ajustes no governo.
    O EMPREGO DAS CONJUNÇÕES
  • A conjunção é uma classe de palavras invariável, cuja função é interligar elementos de uma frase, estabelecendo entre eles relações de sentido.
  • As conjunções podem interligar desde palavras até períodos.
  • Quando interligam duas ou mais orações, classificam-se em conjunções coordenativas (ex: e, mas, porém, logo) e conjunções subordinativas (ex: já que, embora, desde que, conforme, à medida que, a fim de que).
Conjunção Coordenativa
  • Elo coesivo por meio do qual se estabelece a organização da informação e a estrutura da argumentação.
  • mecanismo usado para assinalar as relações de sentido entre dois segmentos coordenados, que podem ser:
    • sintagmas: segmentos ligados pela conjunção e;
    • orações: segmentos ligados pelas conjunções mas, pois e ou;
    • enunciados: segmentos ligados pela conjunção portanto.
Conjunções Coordenativas e Valores Semânticos
  • sentido de adição, soma ou seqüência de ações. Principais conjunções: e, nem, não só ... mas também, não só ... como também.
    • Os gerentes devem delegar poderes e estabelecer relações democráticas.
    • Os gerentes não só devem delegar poder como também estabelecer relações democráticas.
Conjunções Coordenativas e Valores Semânticos
  • Adversativas: oposição, adversidade, contraste. Principais conjunções: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
    • É importante delegar responsabilidades aos colaboradores, mas é preciso conhecer a capacidade deles.
    • É importante delegar responsabilidades aos colaboradores, contudo é preciso conhecer a capacidade deles.
Conjunções Coordenativas e Valores Semânticos
  • Explicativas: exprimem motivo, razão, explicação. Principais conjunções: que, pois (antes do verbo), porque.
    • A empresa teve bons resultados porque (pois) possui um time com talentos diferenciados.
    • Organize um time com talentos diferenciados, que (pois) isso garantirá o sucesso da empresa.
Conjunções Coordenativas e Valores Semânticos
  • Conclusivas: exprimem conclusão, hipótese, dedução. Principais conjunções: portanto, logo, por isso, pois (após o verbo), dessa forma.
    • Procurou estimular a criatividade em seu trabalho, logo (por isso) alcançará boa produtividade.
    • Procurou estimular a criatividade em seu trabalho, alcançará, pois, boa produtividade.
Conjunções Coordenativas e Valores Semânticos
  • Alternativas: exprimem alternância, escolha, exclusão. Principais conjunções: ou ... ou; ora ... Ora, quer ... quer, seja ... seja.
    • Os profissionais devem estimular a própria criatividade ora convivendo com pessoas criativas, ora lendo bons livros.
    • Seja no momento de lazer, seja na execução de uma tarefa, os profissionais devem procurar desenvolver o seu potencial criativo.
  • Elementos coesivos usados para unir sintagmas nominais, orações e enunciados.
    • Introduzem novas informações / argumentos, que possibilitam a progressão textual.
    • Expressam as seguintes idéias: adição, adversidade, explicação, conclusão e alternância.
    • Conjunções Coordenativas

Conjunções Subordinativas
 Circunstância Conjunções
ComparaçãoQue, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), tanto quanto, como.
CondiçãoSe, caso, contanto que, desde que, a menos que, anão ser que.
ConformidadeConforme, segundo, como.
TempoQuando, antes que, depois que, logo que, assim que, desde que.
ProporçãoÀ medida que, à proporção que.
CausaPorque, como, já que, uma vez que, visto que.
ConsequênciaQue (tal...que, tanto...que, tão...que,), de forma que, de maneira que.
FimPara que, a fim de que.
ConcessãoEmbora, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que, se bem que..

Exemplos:
A torcida frequenta mais os estádios
PROPORÇÃO: à proporção que o seu time está subindo na tabela do campeonato.FINALIDADE: para ver o seu time vencer no clássico.

A torcida expande suas tensões
CONDIÇÃO: se o time está perdendo.TEMPO: quando o time está perdendo.

A audiência do jogo é garantida
CONCESSÃO: embora a transmissão não seja de boa qualidade.CONFORMIDADE: como atestam as pesquisas do Ibope.

  • Elementos coesivos usados para unir orações e enunciados.
  • Introduzem novas informações / argumentos, que possibilitam a progressão textual.
  • Expressam as seguintes idéias: causa, conseqüência, finalidade, concessão, comparação, condição, conformidade, tempo, proporção, etc.
Considerações finais
  • A compreensão e o estudo dos processos de construção de períodos contribuem para que se construam textos claros, coesos, coerentes e fluentes.
  • ( Profª. Solange Aparecida Lara - Faculdade INED)

    Termos da oração

·      1- TERMOS ESSENCIAIS DA  ORAÇÃO
                      SUJEITO                       PREDICADO


SUJEITO

Sujeito: É o termo da oração do qual informamos alguma coisa.
Ex: A Maria foi comprar livros.

A sentença informa que alguém foi comprar livros. Podemos dizer também que sujeito é todo termo da frase que pratica uma ação. Na frase acima o sujeito é: "A Maria".
Núcleo do sujeito: É a palavra mais importante do sujeito. Em "A Maria foi comprar livros." O sujeito é : "A Maria" e o núcleo do sujeito é: "Maria", pois entre o artigo a e o substantivo Maria a palavra mais importante é Maria.

Tipos de sujeito: simples, composto, desinencial, indeterminado e oração sem sujeito.

1- Simples: possui apenas 1 núcleo. Ex. "Nós vamos ao cinema.", "O Pedro dorme cedo."
2- Composto: possui 2 ou mais núcleos. Ex:"Maria e Pedro regressaram da festa.","O professor e os alunos participaram da competição."

3- Desinencial: não está explícito na frase, mas é facilmente identificado pela terminação do verbo. Ex. "Falei com ele ontem." Suj. des. "eu". O sujeito desinencial também é conhecido como oculto.

4- Indeterminado:não podermos identificá-lo.
Há 2 maneiras de indeterminar o sujeito:

1ª) O verbo é posto na 3ª pessoa do plural e não há nenhum outro termo na frase que nos forneça informações para identificá-lo.

Ex. "Cortaram a grama.", "Falaram mal do Pedro."


2ª) O verbo é posto no singular juntamente com a partícula se ( que se chama índice de indeterminação do sujeito.) Ex. "Precisa-se de manicure."

Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

Exemplo: Houve poucas reclamações.

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que te perdi.

- ser: na indicação de tempo e distância.

Exemplo: É dia.

- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.


Predicado


Predicado é tudo o que se declara acerca do sujeito, ou seja, é tudo que há na frase que não é o sujeito.

Predicado Verbal 

O predicado verbal possui obrigatoriamente um verbo, o qual é o núcleo do predicado. O verbo é núcleo do predicado quando é nocional, ou seja, que demonstra uma ação.

Os alunos estudam todos os dias para o concurso.

Observe na frase que o verbo “estudam” evidencia uma ação: o ato de estudar, e diz respeito ao sujeito “os alunos” ao mesmo tempo que é complementado pelo restante do predicado “todos os dias para o concurso”. Porém, como o núcleo do predicado é o verbo “estudam”, chamamos o predicado de verbal.

Predicado Nominal 

No predicado nominal o núcleo do predicado é um nome, o qual exerce a função de predicativo do sujeito.
Predicativo do sujeito é um termo que dá significado, atributo, característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação.

1ª. Ela está cansada.
2ª. As taxas de juros continuam elevadas.

Observe na primeira oração que “cansada” é um atributo dado ao sujeito “Ela”. O sujeito “Ela” e o predicado nominal “cansada” estão conectados pelo verbo de ligação “está”.
Na segunda frase, observamos o mesmo processo anterior de análise: perguntamos quem continua? e continua o quê? E temos as respostas: “as taxas de juros” (sujeito) e “elevadas” (predicado nominal), ou seja, o predicativo nominal só atribui significado ao sujeito quando ligado pelo verbo de ligação (continuam). A oração só tem sentido pelo complemento (predicado) “elevadas”, o qual é, portanto, o núcleo do predicado nominal.

Predicado verbo-nominal 

O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional, como vimos no predicado verbal, e um predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo.

Os alunos estudaram cautelosos para o simulado.

Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada ao sujeito “cautelosos”, que é, portanto, uma predicação, uma qualidade concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a última oração em duas:

Os alunos estudaram para o simulado. Eles foram cautelosos.

Na primeira oração temos um predicado verbal “estudaram para o simulado”, no qual o núcleo é o verbo nocional “estudaram”. Já na segunda oração o núcleo do predicado é um nome “cautelosos” conectado por um verbo de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto, é um predicado nominal.




Sintagma Nominal e Sintagma Verbal

O sintagma nominal tem como núcleo um nome ou um pronome; e o sintagma verbal tem como núcleo um verbo


Sintagma Nominal e Sintagma VerbalPara que você entenda o assunto que ora se discute, é interessante relembrar simples conceitos relacionados à sintaxe. Nesse sentido, organizam-se pensamentos, ideias e opiniões segundo as regras que norteiam o idioma, colocando cada palavra no seu devido lugar, de modo a conferir clareza aos enunciados.
Dessa forma, partindo de um exemplo bem prático, veja:
Os alunos fizeram         a pesquisa. 
(sujeito)   (predicado)    (complemento-objeto direto) 
Em termos linguísticos, a oração se encontra devidamente estruturada, clara e precisa. Outro aspecto, não menos importante, revela-se pelo fato de que cada elemento passa a exercer uma função distinta dentro do próprio contexto oracional. Assim, tais funções levam o nome de funções sintáticas.
Pois bem, segundo a gramática tradicional, essas mesmas funções são analisadas por intermédio da chamada “análise sintática”, cujo propósito é classificar cada palavra segundo a função desempenhada, tais como: sujeito, predicado, objeto, complemento nominal, vocativo, aposto e assim por diante.
Contudo, em oposição a essa gramática, eis que surge a gramática sintagmática, demarcada sob o ponto de vista da Linguística e que fornece subsídios mais adequados para a descrição dos elementos de ordem estrutural, os quais compõem uma determinada oração. Para tanto, temos a nosso dispor os chamados sintagmas ─ os quais consistem em um conjunto de elementos constituídos de uma unidade significativa (mantendo entre si relações de dependência e de ordem) e organizados em torno de um elemento significativo, denominado núcleo. Assim, a depender do tipo de elemento que constitui o núcleo, o sintagma pode ser nominalcujo núcleo é representado por um nome; ou pode ser verbaltendo como núcleo um verbo.
Um dos meios mais eficazes e mais fáceis de identificar os elementos constituintes, tanto de um sintagma nominal quanto de um verbal, está representado pelo sistema arbóreo, abaixo descrito:
O sistema arbóreo nos permite identificar melhor os constituintes dos sintagmas
Assim, é possível identificar o sintagma nominal e o verbal, assim como seus respectivos elementos.
Contudo, vale ressaltar algumas considerações: o pronome demonstrativo “aquela” atua comoelemento determinante, ora situado no sintagma nominal primeiro; já no sintagma verbal, o advérbio de tempo “ontem” e o adjetivo “espetacular”, situados no sintagma nominal segundo, atuam como elementos modificadores.

Termos integrantes da oração


1. OBJETO DIRETO

Para Identificar o
OBJETO DIRETO
faça a pergunta
VERBO  +
O quê?
Quem?
É o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. Em geral, não vem precedido de  preposição. Pode vir representado pelos pronomes o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

Exemplo:

Passei a vida à toa.
Passei-a à toa.
É o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. Em geral, não vem precedido de  preposição. Pode vir representado pelos pronomes o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

Como você percebeu, o objeto liga-se ao verbo sem auxílio da preposição. Entretanto, há casos em que ele admite a construção com o conectivo preposicional, sendo denominado, então, de objeto direto preposicionado

Observações:

a) Objeto direto preposicionado: Há casos em que o objeto direto pode vir precedido de preposição facultativa.

Exemplos:
Ajudou a ambos.
Beberam da cerveja.
Comeram do pão.
Puxaram da arma.


Casos em que ele ocorre:
·       quando o objeto direto é constituído por pronomes pessoais tônicos. Ex.:
Luíza amava mais a mim do que a seus irmãos.
objeto direto preposicionado: a mim
O professor Gustavo não entende a nós, nem nós entendemos a ele.
objeto direto preposicionado: a nós, a ele
·         quando o objeto direto é constituído por nomes próprios ou comuns principalmente com verbos que expressem sentimentos. Ex.:
Devemos amar, sobretudo, a Deus.
Estimar aos pais é dever de todo bom filho.
·         quando o objeto direto é constituído por pronome indefinido, que se refira a pessoa, ou pronome de tratamento. Ex.:
Não quero amar a ninguém.
Não aborreça a Sua Excelência.
·         quando se deseja evitar ambigüidade (duplo sentido). Ex.:
Chama, finalmente, ao pai, o filho emocionado.
Note que, se não houvesse a preposição diante do objeto, não se poderia identificar qual o sujeito: o filho emocionado; e qual o objeto: ao pai.
·         quando o objeto está anteposto para dar ênfase.
A mim, é que não enganam!
A Rogério, ninguém controlava.

b) Objeto direto pleonástico: Quando se deseja enfatizar a ideia expressa pelo objeto direto, pode-se repeti-lo empregando um pronome pessoal átono. O objeto repetido pelo pronome pessoal recebe o nome de objeto direto pleonástico.

Exemplos:
Os recibos, já os fiz ontem à noite.
“A correntinha, guardou-a no bolso da camisa de riscado”. (Mário Palmério).

Objeto indireto 

Para Identificar o
OBJETO INDIRETO
faça a pergunta
VERBO  +
A quê(M)?
DE Que(m)?
EM QUE(M)?
O objeto indireto pode ser representado também pelos pronomes oblíquos lhe, lhes, me, te, nos, vos, de acordo com a transitividade verbal
É o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo indireto Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida.. Podem funcionar como objeto indireto os pronomes lhe, lhes, me, te, se, nos, vos.

Exemplo:
Enviei-lhe os documentos. (enviei a ele - a preposição a está subentendida).
Gosto de você. (preposição clara).

Observações:

a) o verbo transitivo direto e indireto exige dois complementos: o objeto direto e o indireto.


Exemplo: Deram-me o recado.
                           OI     OD

b) Objeto indireto pleonástico

Quando se deseja enfatizar a ideia expressa pelo objeto indireto, pode-se repeti-lo. O objeto indireto pleonástico é representado por um pronome pessoal átono.


Exemplo:

Aos professores, não lhes ofereceram ajuda.
                                          OI pleonástico

“Às violetas, na janela, não lhes poupei água”.

                                       OI pleonástico


Objetos Constituídos por pronome oblíquo

Lembrando:
Pronomes oblíquos: funcionam como complementos dos verbos. São eles:

Me, mim, comigo
Te, ti, contigo
O, a, lhe, se, si, consigo
Nos, conosco
Vos, convosco
Os, as, lhes, se, si, consigo

Os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas funcionam como objeto direto.

O pai deixou-as em casa.
Chamaram-na para a reunião.
Irei vê-los mais tarde.

Os pronomes oblíquos lhe, lhes funcionam como objeto indireto.

Nós lhe oferecemos um presente.

Os demais pronomes podem funcionar como objeto direto ou indireto, para analisarmos corretamente basta  substituir o pronome por uma expressão masculina.

a) Se não aparecer preposição obrigatória, o pronome será objeto direto:

Nós te convidamos para a festa.
(Nós convidamos o aluno para a festa.)

Não apareceu a preposição, logo o pronome te é objeto direto.

b) Se aparecer preposição obrigatória, o pronome será objeto indireto:

Desejo-te boa viagem.
(Desejo boa viagem ao aluno.)

Apareceu a preposição a. Logo, o pronome te é objeto indireto.

Essa regra você poderá aplicar para determinar a função dos pronomes me, te, se, nos e vos.

Complemento nominal

É o termo que, precedido de preposição, completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio.


Assim como os verbos, certos nomes também são transitivos, necessitando de um termo que os complete. Tal complemento denomina-se complemento nominal. Ex.:
“Ele tem medo de você.”
O substantivo medo é completado pelo termo de você que constitui o complemento nominal.
O complemento nominal caracteriza-se por:
SER INTRODUZIDO POR PREPOSIÇÃO
Todo ser humano tem direito à felicidade.
Viviane tinha certeza de sua amizade.
COMPLETAR O SENTIDO DE UM

• Substantivo

Áurea e Roselaine não tinham receio da bronca do patrão.
• adjetivo
A água é benéfica à saúde do homem.

• ADVÉRBIO


Roberval agiu contrariamente aos costumes de sua família.

Exemplos:







Jessica tem        orgulho                da filha.
                        substantivo          complemento nominal
Renato  estava   consciente        de tudo.
                               adjetivo       complemento nominal
A professora agiu       favoravelmente      aos alunos.
                                             advérbio        complemento nominal

Agente da passiva

Para Identificar o
AGENTE DA PASSIVA
faça a pergunta
VERBO  +
POR QUEM?

VOZ PASSIVA
Ex.: A velha igreja de Ouro Preto foi visitada por engenheiros.

É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".

      Exemplo:







  O vencedor           foi escolhida               pelos jurados.
      Sujeito                      Verbo                     Agente da 
      Paciente                 Voz Passiva                 Passiva

Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito. Veja:

Os jurados             escolheram                o vencedor.
   Sujeito                      Verbo                        Objeto Direto
                                    Voz Ativa
Outros exemplos:
    
 Joana                é amada           de muitos.
Sujeito Paciente                   Agente da  Passiva

   Essa situação        já era conhecida         de todos.
Sujeito  Paciente                               Agente da Passiva
                                              
Observações:

a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes.
Por Exemplo:
O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo)
Este livro foi escrito por mim. (pronome)

b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido.
Por Exemplo:
O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões)Quase a metade da bacia do rio Tietê foi urbanizada. (pela prefeitura)
Fonte: www.infoescola.com


3- TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses  termos:




- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.

São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto.

Adjunto Adnominal e Adjunto Adverbial

Adjunto adnominal e adjunto adverbial são conceituados como “Termos Acessórios da Oração”, pois funcionam como complemento da mesma, não sendo indispensáveis para a compreensão do enunciado.

Especificamente, o Adjunto Adnominal é o termo que tem valor de adjetivo, servindo para especificar ou delimitar o significado de um substantivo em qualquer que seja a função sintática exercida por este.

Fazem parte do quadro dos Adjuntos Adnominais:

Adjetivos:
O dia ensolarado está contagiante. 
Seu sorriso maroto é lindo.

Locuções Adjetivas:
O passeio de campo nos deixou exaustas.
A água da chuva regou todas as plantas.

Pronome adjetivo:
Minha culpa é meu segredo
Este teu olhar felino incendeia (Clarice Lispector)

Artigos:
Um novo sonho ressurgiu.
Os alunos surpreenderam os professores.

Numerais:
primeiro candidato já se apresentou.
 A décima colocada no concurso é muito esforçada.

Orações adjetivas
Não quero saber do lirismo que não é libertação.
Admiro as pessoas que persistem.

Adjunto Adverbial é o termo da oração que modifica, que funciona como advérbio, indicando a circunstância da ação do adjetivo ou de outro advérbio.

Essas circunstâncias podem expressar:

Afirmação: Hoje, com certeza, irei ao clube.

Negação: O trabalho não ficou como era esperado.

Intensidade: Esta é uma questão muito fácil de resolver.

Dúvida: Talvez eu vá precisar de sua ajuda.

Tempo: Durante todo o tempo ela se mostrou insatisfeita.

Companhia: Comemoraremos com os amigos o bom resultado do vestibular.

Causa: Rimos durante toda a reunião por nervosismo.

Finalidade: Eu estudo para obter boas notas. 

Lugar: Estamos em Brasília desde a semana passada.

Meio ou Instrumento: Ele se feriu com a faca. 

Modo: Calmamente fomos nos interagindo durante o evento.

Assunto: A matéria jornalística falava sobre o meio ambiente.
(Por Vânia Duarte ,Graduada em Letras)


Aposto
Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir:

Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro.

Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração.

Observe a próxima:

Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem.

Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos.

Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.

Há alguns tipos de apostos:

• Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.

• Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.

• Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.

• Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. 


4- Vocativo ( DO LATIM VOCARE =CHAMAR)
É um termo à parte e não pertence a estrutura da oração. Não se anexa ao sujeito e ao predicado.

Observe as orações:

1. Amigos, vamos ao cinema hoje?
2. Lindos, nada de bagunça no refeitório!

Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir que:

Vocativoé a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.

Por Sabrina Vilarinho,Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
 

ESTUDO DA CRASE

Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe:
 Obedecemos ao regulamento.
                  ( a + o )
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas:
 Obedecemos à norma.
                ( a + a )
crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )

Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I.                   o termo antecedente exija a preposição a;
II.                 o termo conseqüente aceite o artigo a.

Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )

Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige preposição )
( artigo )
( substantivo feminino )

Vou a Brasília.
( verbo que exige preposição a )
( preposição )
( palavra que não aceita artigo )

Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:
I.                   se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo
II.                se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.

Ex:      Vim da Bahia. (aceita)
         Vim de Brasília (não aceita)
         Vim da Itália. (aceita)
         Vim de Roma. (não aceita)

Nunca ocorre crase:

1) Antes de masculino.
Caminhava a passo lento.
           (preposição)

2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
                  (preposição)

3) Antes de pronomes em geral.
Eu me referi a esta menina.
(preposição e pronome demonstrativo)

Eu falei a ela.
(preposição e pronome pessoal)

4) Antes de pronomes de tratamento.
Dirijo-me a Vossa Senhoria.
(preposição)

Observações:
 1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, senhorita e dona.
Dirijo-me à senhora.

2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.

5) Com as expressões formadas de palavras repetidas.
Venceu de ponta a ponta.
                    (preposição)

Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição:
Caminhavam passo a passo.
                        (preposição)

No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte: Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre.

6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Curitiba.
      (preposição)

Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
                          (adjunto adnominal)

7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.
Falei a pessoas estranhas.
 (preposição)

Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)

Sempre ocorre crase:

1) Na indicação pontual do número de horas.
Às duas horas chegamos.
(a + as)

Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expressão masculina correlata.
Ao meio-dia chegamos.
(a + o)

2) Com a expressão à moda de e à maneira de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita.
Escreve à (moda de) Alencar.

3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite.
(expressão adverbial feminina de tempo)

Caminhava às pressas.
(expressão adverbial feminina de modo)

Ando à procura de meus livros.
(expressão adverbial feminina de fim)

Observações:
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase em tais ocasiões.

4) Uso facultativo da crase
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a crase.
Ex:      Falei à Maria.
      (preposição + artigo)

         Falei à sua classe.
      (preposição + artigo)

         Falei a Maria.
      (preposição sem artigo)

         Falei a sua classe.
      (preposição sem artigo)

Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.

Casos especiais:

1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Volte a casa cedo.
(preposição sem artigo)

Volte à casa dos seus pais.
(preposição sem artigo)
(adjunto adnominal)

2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier determinada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex:
Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo)

Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Já chegaram à terra dos antepassados.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)

3) Crase antes dos pronomes relativos.
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex:
Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.

Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, aos quais. Ex:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.

4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Ex:
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.

5) Crase depois da preposição até.
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a). Ex:
Chegou até à muralha.
(locução prepositiva = até a)
(artigo = a)

Chegou até a muralha.
(preposição sozinha = até)
(artigo = a)

6) Crase antes do que.
Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo a (equivalente a aquela).
Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício:
I.                   se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;
Ex:      Houve um palpite anterior ao que você deu.
                                      ( a + o )
         Houve uma sugestão anterior à que você deu.
                                      ( a + a )

II.                 se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá crase.
Ex:      Não gostei do filme a que você se referia.
              (ocorreu a que, não tem artigo)
         Não gostei da peça a que você se referia.
               (ocorreu a que, não tem artigo)

Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes do que, pode ocorrer antes do de. Ex:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)

Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstrativo)

7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com a grafia do (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões:
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);
(verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
pouco recebi o seu recado.

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.
 
 Tanto a regência nominal quanto a verbal trata da relação que se estabelece entre termos em um dado contexto oracional
Em um todo oracional as palavras relacionam-se entre si para que haja significação, isto é, as palavras são interdependentes. A essa relação de complementação entre as palavras, dá-se o nome de regência. Neste processo, a palavra que depende é chamada de regida ou termo regido, e o termo a que se subordina, regente. Este artigo pretende abordar a regência verbo-nominal, compreendida como exigida pelo verbo e pelo nome, respectivamente.

Para aprendermos as particularidades que norteiam a regência nominal e a regência verbal, temos que, antes de tudo, compreendermos que, em se tratando do universo gramatical, a palavra nominal vem de “nome”, o qual é representado pelo substantivo, adjetivo e advérbio.

Nesse sentido, ao fazermos uso dos vocábulos que a língua portuguesa nos disponibiliza e, consequentemente, agrupá-los de modo a elaborarmos nosso pensamento, verificamos que tanto os nomes quanto os verbos não possuem o sentido necessário se desacompanhados de outro termo. Dessa forma, atestamos a relação de dependência que há entre um termo (o qual pode ser o verbo, substantivo, adjetivo e advérbio) e seu respectivo complemento.

Assim, para que possamos efetivar de forma plena nossa compreensão, atentemo-nos aos enunciados que seguem:

Devemos obedecer AOS mais velhos.

Parece que tudo fica mais claro a partir do momento em que fazemos a pergunta ao próprio verbo, ou seja: devemos obedecer a quem? AOS MAIS VELHOS.

Compreendemos, portanto, que a relação que se estabelece entre o verbo obedecer e seu respectivo complemento é sempre intermediada por uma preposição.

Entretanto, dependendo da predicação verbal, esse complemento poderá estar sem o uso da preposição.

Ela está apta AO trabalho.

Inferimos que o adjetivo “apta” (classificado como um nome) também requer um complemento acompanhado de preposição, fato que fica comprovado quando fazemos a pergunta a esse adjetivo, isto é, apta a quê? AO TRABALHO.

Regência verbal

É quando o regente é um verbo.
Regência Verbal
É de interesse da regência verbal o estudo entre a relação que o verbo estabelece com os termos que o complementam (objeto direto e objeto indireto) ou caracterizam (adjunto adverbial). É graças a esse estudo que é possível inteirar-se sobre as possíveis significações de um verbo apenas com a presença ou não da preposição. 

quanto à predicação Complemento Pronome oblíquo Exemplos
Intransitivo - - Ela morreu.


Transitivo
Direto (VTD) Sem preposição o, os, a, as Minha mãe comprou o vestido.
Indireto (VTI) Com preposição lhe, lhes Ele gosta de leite.
Direto e indireto (VTDI) Um complemento com preposição e outro sem o, os, a, as, lhe, lhes O jornal deu prêmios aos leitores.
De ligação - - Mariana é bonita.


Alguns verbos apresentam mais de uma regência, dentre eles: aspirar, assistir, custar, esquecer, implicar, lembrar, informar, pagar, perdoar, proceder, querer, visar etc.  
Dica!
Nos momentos de dúvidas, recorrer ao dicionário pode ser de grande ajuda. Assim como, pensar sobre o significado que a palavra assume no contexto da frase, pois dessa forma você encontrará a preposição e os complementos adequados. 

Regência nominal

A regência nominal ocupa-se da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio e o seu complemento nominal, respectivamente.
Exemplos:
  • alheio ade
  • acessível a
  • acostumado acom
  • alusão a
  • ansioso porparade
  • atenção apara
  • ambicioso de
  • compatível com
  • curioso ade
  • desfavorável a
  • estranho a
  • fiel a
  • habituado a
  • incompatível com
  • junto ade
  • maior de
  • natural de
  • necessidade de
  • posterior a
  • preferência porpor a
  • próximo ade
  • sensível a
  • simpatia por
  • útil a; para


Você irá conhecer de forma diversificada questões como essas por meio de tantos outros exemplos, bastando sabe o quê? Apenas um clique!

http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

http://www.escolakids.com/os-tipos-de-pronomes.htm




1° bimestre 1° ano

VERSIFICAÇÃO

      É o conjunto de normas que ensinam  a fazer poemas belos e perfeitos segundo o  conceito dos antigos gregos. Para eles, beleza e perfeição são sinônimos de trabalhoso, detalhado, complexo e tudo aquilo que segue a um modelo, a um conjunto de normas. É, assim, a técnica ou a arte de fazer versos.
      Verso é cada uma das linhas que compõem um poema, possui número determinado de sílabas poéticas (métrica), agradável movimento rítmico (ritmo ) e musicalidade (rima).
    
O conjunto de versos compõe uma estrofe, que pode ser:
 1. Monóstico: estrofe com um verso;
2. Dístico:                        dois versos;
3. Terceto:                       três    
4. Quarteto:                     quatro versos;  (ou quadra)
5. Quintilha:                     cinco    
6. Sextilha:                      seis       
7. Septilha:                      sete       
8. Oitava:                         oito       
9. Nona:                            nove     
10. Décima :                      dez       
Mais de dez versos: estrofe Irregular.
    
     O verso que se repete no início de todas as estrofes de um poema chama-se ANTECANTO e o que se repete no final, BORDÃO. O conjunto de versos repetidos no decorrer do poema chama-se ESTRIBILHO ou REFRÃO.
      Métrica é a medida ou quantidade de sílabas que um verso possui. A divisão e a contagem das sílabas métricas de um verso são chamadas de ESCANSÃO, que não é feita da mesma forma que a divisão e contagem de sílabas normais, pois, segundo a Versificação:

1) Separam-se e contam-se as sílabas de um verso até a última sílaba tônica desse verso. Ex: Es|tou | dei|ta|do | so|bre| mi|nha| ma|la
                   1     2         3     4     5      6      7        8      9       10 
 
2) Quando duas ou mais vogais se encontram no fim de uma palavra e começo de outra, e podem ser pronunciadas simultaneamente, unem-se numa só sílaba métrica.  Quando essas vogais são diferentes, o processo chama-se elisão e quando são vogais idênticas, crase.
Ex:  E|la+es|ta|va|só  (Elisão)    e     fo|ge+e|gri|ta     (Crase)
        1      2       3      4    5                                      1      2       3  
 
3) Geralmente, como acontece na divisão silábica normal, os elementos que formam um ditongo não podem ser separados e os elementos que formam um hiato devem ser separados na escansão de um verso. No entanto, se o poeta precisar separar os elementos de um ditongo (diérese) ou unir os de um hiato (sinérese), ele tem LICENÇAPOÉTICA para que sua métrica dê certo. O mesmo acontece se ele precisar contar também até a última sílaba átona do verso. Outras LICENÇAS POÉTICAS:
. ectlipse: supressão de um fonema nasal final , para possibilitar a crase ou a elisão.
  Ex: E nós com esperança =  E|nós| co’es|pe|ran|ça
                                                           1    2           3        4     5
. aférese: Supressão da sílaba ou fonema inicial.
   Ex: “Estamos em pleno mar” =  Sta|mos|em|ple|no|mar
                                                       1      2       3      4     5      6
     Quanto à Métrica, um verso pode ser:
1. monossílabo: verso com apenas uma sílaba;
2. dissílabo: verso com duas sílabas;
3. trissílabo:               três     
4. tetrassílabo:             quatro “
5. pentassílabo:            cinco    “ , também chamado REDONDILHA MENOR
6. hexassílabo:              seis       
7. heptassílabo:            sete        , também chamado REDONDILHA MAIOR
8. octossílabo:               oito       
9. eneassílabo:               nove   
10. decassílabo:            dez      “ , também chamado de HERóICO
11. hendecassílabo: “ “     onze   
12. dodecassílabo:         doze    “,  também chamado de ALEXANDRINO
 
     Ritmo é o resultado da regular sucessão de sílabas tônicas e átonas de um  verso. Para os gregos, ele é um elemento melódico tão essencial para o  poema  quanto para a Música.
     O ritmo é binário ascendente quando há um som fraco seguido de um forte (fraco/FORTE): “A|nu|vem|guar|da+o|pran|to” (Alphonsus de Guimaraens)
 
     O ritmo é binário descendente quando há um som forte seguido de um fraco (FORTE/fraco): “Te|nho|tan|ta|pe|na “ (Fernando Pessoa)
 
O ritmo é ternário ascendente quando há dois sons fracos seguidos de um forte (fraco/fraco/FORTE): “Tu|cho|ras|te+em|pre|sem|ça |da|mor|te” (G. Dias)
 
O ritmo é ternário descendente quando há um som forte seguido de dois sons fracos(FORTE/fraco/fraco):
              Fá|ti|ma|diz|que|não|to|ma|nem||lu|la.”(D.Pignatári)
 
     Os versos que não seguem as normas da Versificação quando à métrica e/ou ao ritmo são chamados de VERSOS LIVRES.
      Som ou RIMA também é para os antigos um elemento essencial para que um poema seja uma POESIA. A rima é a identidade e/ou semelhança sonora existente entre a palavra final de um verso com a palavra final de outro verso na estrofe. Foneticamente, uma rima pode ser perfeita - se houver identidade entre as terminações das palavras que rimam (neve/leve) - ou imperfeita, se houver apenas semelhança (estrela/vela). Morfologicamente, a rima é pobre quando as palavras que rimam pertencem à mesma classe gramatical (coração/oração), e rica quando as palavras que rimam pertencem a  classes gramaticais diferentes (arde/covarde).
      Quanto à posição na estrofe, as rimas podem ser classificadas como:
 
a) emparelhadas ou paralelas (aabb)     b) cruzadas ou alternadas (abab)
    “Vagueio campos noturnos    a           “ Se o casamento durasse     a
     Muros soturnos                a                        Semanas, meses fatais       b
     Paredes de solidão             b                      Talvez eu me balançasse     a
     Sufocam minha canção.”                       Mas toda a vida... é demais! “ b
     (Ferreira Gullar)                                                  ( Afonso Celso)
 
c) opostas, intercaladas ou interpoladas (abba)
     “Não sei quem seja o autor     a
     Desta sentença de peso          b
     O beijo é um fósforo aceso      b
     Na palha seca do amor!”              a       (B. Tigre)
 
d) continuadas: consiste na mesma rima por todo o poema.
 
e) misturadas: são as rimas que não seguem esquematização regular.
 
f) VERSOS BRANCOS: são os do poema sem rima.
 
     Fazem parte do estudo do som ou rimas as FIGURAS DE HARMONIA OU DE EFEITO SONORO: aliteração, assonância, onomatopéia, paronomásia, parequema e o eco ou rima coroada.
 

POEMAS DE FORMA FIXA

      Alguns poemas apresentam forma fixa, o que já indica a preocupação formal do poeta em relação à sua obra e, assim, que ele segue à risca as normas da Versificação no momento da sua elaboração. São eles:
. Soneto: poema formado por dois quartetos e dois tercetos, normalmente composto por versos decassílabos e de conteúdo lírico;
. Balada: poema formado por três oitavas e uma quadra;
. Rondel: poema formado por duas quadras e uma quintilha;
. Rondó: poema com estrofação uniforme de quadras;
. Vilanela: poema formado por uma quadra e vários tercetos.
      Assim, para os clássicos, a obediência às normas ou técnicas aqui expostas é um dos itens mais importantes na classificação de um POEMA como POESIA.   Rosa Beloto
sites.uol.com.br/versificacao1.htm
Português/Período composto/Orações reduzidas

São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo pessoal, gerúndio e particípio).
 
Ao contrário das demais orações subordinadas, as desenvolvidas, as reduzidas não são ligadas através de conectivo, basicamente o nome já diz tudo, são orações ao pé da letra, "reduzidas".

O quadro abaixo mostra a transformação de orações, e em negrito o termo sintático transmutado e entre paretêses a classificação do termo:

Oração absoluta Oração desenvolvida Oração reduzida
A minha vontade é a dança a todos. (predicativo) A minha vontade é que todos dançem. (oração des. predicativa) A minha vontade é todos dançarem. (oração red. predicativa)

Ele acordou na manhã. (adjunto adv. de tempo) Ele acordou quando amanheceu. (oração des. temporal) Ele acordou ao amanhecer. (oração red. temporal)
Apostei os números pedidos. (adjunto adnominal) Apostei os números que pediste. (oração des. adjetiva) Apostei os números pedidos. (oração red. adjetiva)

Observações:
• Algumas orações adjetivas reduzidas de particípio são idênticas às absolutas, fato que ocorre pelo adjetivo muitas vezes ser derivado do particípio, ou seja, são iguais.

• A semântica preposicional algumas vezes torna impossível manter a mesma preposição da locução conjuntiva, visto que na maioria das preposições é inaceitável a junção com o advérbio não (apenas as preposições com/sem possuem antônimo).
]
 Um exemplo é a locução a não ser que.

A oração reduzida é classificada de acordo com a sua função e o verbo nominal:
[editar] Oração substantiva reduzida

Ver também: Oração Subordinada Substantiva

Oração Subordinada Substantiva Reduzida do Infinitivo
Subjetiva

É necessário todos colaborarem. (É necessário que todos colaborem.)

É pouco provável existir vida em outro planeta. (É pouco provável que exista vida em outro planeta.)

Objetiva direta

Ninguém podia dizer acertar o teste.(Ninguém podia dizer que acertara o teste.)

Lembramos ser seu aniversário. (Lembramos que era seu aniversário.)
Objetiva indireta

Não gosto de você sair à noite. (Não gosto de que você saia à noite.)

Estamos a nos lembrar de o incêndio ser acidental. (Estamos a nos lembrar de que o incêndio foi acidental.)

Predicativa

Minha sugestão seria convocar a todos. (Minha sugestão seria que convocasse a todos.)

Meu desejo era me darem uma camisa. (Meu desejo era que me dessem uma camisa.)

Completiva nominal

Há esperanças de comemorarmos nesta semana. (Há esperanças de que comemoremos nesta semana.)

Tenho conclusões de haver paz no futuro. (Tenho conclusões de que haverá paz no futuro.)

Apositiva

Pediram aos alunos uma coisa: eles comparecerem ao desfile. (Pediram aos alunos uma coisa: que eles comparecessem ao desfile.)

A decisão é a seguinte: se unirem contra o mosquito da dengue. (A decisão é a seguinte: que se unam contra o mosquito da dengue.)

[editar] Oração adverbial reduzida

Ver também: Oração Subordinada Adverbial

Nas orações reduzidas adverbiais, muitas vezes a conjunção é substituída por preposição, devido à circunstância indicada da preposição à oração.
 Algumas, não possui se quer valor semântico, como a preposição a, na locução de maneira que → de maneira a.

Oração Subordinada Adverbial Reduzida do Infinitivo

Causal

Não fui trabalhar por pegar gripe . (Não fui trabalhar já que peguei gripe.)
A menina chorava por haver caido da bicicleta. (A menina chorava porque havia caido da bicicleta.)

Concessiva

Ele não se mexia por mais eu tentar. (Ele não se mexia por mais que eu tentasse.)
Ainda você tentar de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia. (Ainda que você tente de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia.)

Condicional


Não serão expulsos ao cumprirem as nossas regras. (Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.)

Não encomendarei comida a você sem estar com fome. (Encomendarei comida a não ser que você não esteja com fome.)

Consecutiva

Ela assustava os outros de modo a todos acabarem se apavorando. (Ela assustava os outros de modo que todos acabavam se apavorando.)

Falavam baixo de forma a todos precisarem se aproximar para ouvir. (Falavam baixo de forma que todos precisavam se aproximar para ouvir.)

Final

Gostaria de voltar no tempo para concertar meus erros. (Gostaria de voltar no tempo para ter que consertar meus erros.)

Faria tudo para eu voltar a ser feliz. (Faria tudo para que eu voltasse a ser feliz)

Temporal

Só farão isso ao me prometerem uma coisa. (Só farão isso quando me prometerem uma coisa.)

Rimos depois de descobrirmos a verdade. (Rimos depois que descobrimos a verdade.)

Oração subordinada adverbial reduzida do Gerúndio

Causal

Pegando gripe, já não fui trabalhar. (Não fui trabalhar já que peguei gripe.)
Havendo cair da bicicleta, a menina chorava. (A menina chorava porque havia caido da bicicleta.)

Concessiva

Por mais eu tentando, ele não se mexia. (Ele não se mexia por mais que eu tentasse.)

Ainda você tentando de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia. (Ainda que você tente de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia.)

Condicional

Cumprindo as nossas regras, não serão expulsos. (Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.)

Você não estando com fome, não encomendarei comida. (Encomendarei comida a não ser que você não esteja com fome.)

Temporal

Só farão isso me prometendo uma coisa. (Só farão isso quando me prometerem uma coisa.)

Descobrindo a verdade, rimos depois. (Rimos depois que descobrimos a verdade.)

Oração Subordinada Adverbial Reduzida do Particípio
Causal

Não fui trabalhar já pegada gripe. (Não fui trabalhar já que peguei gripe.)

A menina chorava caida da bicicleta. (A menina chorava porque caiu da bicicleta.)

Concessiva

Ele não se mexia por mais eu tentado. (Ele não se mexia por mais que eu tentasse.)

Ainda você tentado de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia. (Ainda que você tente de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia.)

Condicional

Cumpridas as nossas regras, não serão expulsos. (Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.)

Não estado você com fome, não encomendarei comida. (Encomendarei comida a não ser que você não esteja com fome.)

Temporal

Só farão isso prometida uma coisa. (Só farão isso quando me prometerem uma coisa.)

Rimos depois de descoberta a verdade. (Rimos depois que descobrimos a verdade.)

[editar] Oração adjetiva reduzida

Ver também: Oração Subordinada Adjetiva

As adjetivas podem ser introduzidas por preposição.

Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Infinitivo
Jornais a compreender o leitor são os melhores. (Jornais que compreendem o leitor são os melhores.)

Vi uma senhora a tricotar. (Vi uma senhora que tricotava)
Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Gerúndio
Elas estando a visitá-lo se admiraram. (Elas que estavam a visitá-lo se admiraram.)

Reparei numa criança chorando. (Reparei numa criança que chorava)
Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Particípio
Os garotos desaparecidos foram encontrados. (Os garotos que desapareceram foram encontrados.)

Os animais mandados para o zoológico são da África. (Os animais que estávamos a mandar para o zoológico são da África.).




http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/regencia-nominal-exercicio-gabarito.html

http://portuguesnaveia.blogspot.com.br/2009/02/analise-sintatica.html

http://pt.slideshare.net/mortaza/aula-10-termos-da-orao-anlise-sinttica

Nenhum comentário:

Postar um comentário